quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Pesquisa sobre romã pode agregar valor à fruta



A romã contém as antocianinas que, assim como a vitamina C, Vitamina E e o betacaroteno, captam facilmente os radicais livres

Pesquisadores da Embrapa Agroindústria de Alimentos, em parceria com a Embrapa Semiárido e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), querem agregar valor à produção de romã com o aproveitamento das propriedades antioxidantes da fruta.

A romã contém, entre os diversos compostos bioativos, as antocianinas, que assim como a vitamina C, Vitamina E e o betacaroteno, por ter deficiência de elétrons, captam facilmente os radicais livres. Estes radicais, se produzidos ou absorvidos em excesso aumentam os riscos para doenças como hipertensão, cataratas, artrite e envelhecimento precoce.

Isso pode ocorrer principalmente quando há demasiada ingestão de bebidas alcoólicas, intenso estresse e muita exposição a poluição, ao tabaco e ao sol, pois danificam as células saudáveis. De acordo com estudos da Universidade de Baroda, na Índia, o fruto tem três vezes mais capacidade antioxidante que o vinho e o chá verde e não é por acaso que os povos árabes acreditavam em suas propriedades para fins medicinais.
Processo

A pesquisadora Regina Isabel Nogueira, da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro/RJ), espera obter antocianina e compostos bioativos concentrando-os e os estabilizando por “microencapsulação” em spray drier. Nesse processo, pequenas gotas de material líquido são recobertas com um fino filme protetor. Os materiais “microencapsulados” (material ativo ou núcleo) são envoltos num material formador de filme (material de parede ou agente encapsulante) onde cápsulas extremamente pequenas podem liberar o conteúdo de forma controlada e sob condições específicas. Trata-se de uma tecnologia inovadora que tem sido empregada com êxito na indústria de cosméticos, farmacêutica e alimentícia.

Também será estudado o óleo obtido por prensagem das sementes da fruta com o objetivo de caracterizar o perfil dos ácidos graxos e as propriedades que possam interessar à indústria de alimentos.

A pesquisadora ainda prevê a opção de cristalizar a casca da romã, expondo-a em contato com a calda de açúcar para reduzir em até 50% o teor de água. Com isto, a fruta aumenta seu tempo de conservação e diminui seu peso e volume, gerando economia no custo de transporte, além de adocicar seu sabor levemente ácido.

O processo, por ser muito simples segundo a estudiosa, poderá despertar o interesse de produtores como uma forma de apresentar a fruta para consumo de forma semelhante a encontrada atualmente por meio do gengibre cristalizado.

Fonte: Noticias Criar e Plantar

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