Uma reunião com representantes do Banco Mundial trouxe novidades para a agricultura e os recursos hídricos no Rio Grande do Norte. O encontro entre a governadora Rosalba Ciarlini e o coordenador do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial, Manoel Contijoch, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (25), na Governadoria, tratou sobre parcerias para a gestão de projetos que envolvem o desenvolvimento da agricultura familiar, através da irrigação, e a ampliação na oferta de água aos municípios potiguares.
“Primeiro vamos fazer um trabalho técnico com as melhores informações, os melhores modelos, para apresentar a vocês e buscar parceria das universidades, Emater, Embrapa e ver o que pode ser feito para a agricultura avançar”, observou Manoel Contijoch. A governadora Rosalba Ciarlini se mostrou otimista e disse que já está tomando as medidas necessárias para expandir projetos e iniciar outras parcerias. “Há obras que estavam paradas, mas que vão ser retomadas, como a da Barragem de Oiticica”, observou a governadora.
Ao lado do vice-governador Robinson Faria, que também é titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – Semarh –, Rosalba falou, ainda, que a agricultura vai precisar muito de parcerias. Oportunidade em que o secretário de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca – Sape, Betinho Rosado, também presente à reunião, aproveitou para falar sobre o entendimento necessário entre sua pasta e a Semarh para reativar investimentos em projetos de irrigação para agricultores familiares, como o de Cruzeta, região Seridó do Estado.
Betinho pediu auxílio ao Banco Mundial para criar projetos de irrigação para pequenos e grandes produtores. Manoel Contijoch disse que fez recentemente uma visita à Bacia do Rio Piranhas/Assu e ao perímetro de Cruzeta, que estão entre as áreas selecionadas para experimentar e fazer testes em relação a esse trabalho. “O Brasil tem uma agroindústria muito criativa. Se agregarmos essa agroindústria ao pequeno produtor, teremos sucesso”, observou o coordenador do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial.
A reunião contou também com a presença do secretário adjunto da Semarh, Jader Torres; dos secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico, Benito Gama; e do Planejamento, Obery Rodrigues; secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes; diretor da Caern, Walter Gasi; diretor do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte – Igarn, Elias Teixeira; analista do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial, Paula Freitas; do senador José Agripino; e da coordenadora do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Potiguar – PSP, Ieda Cortez.
TRABALHO CONJUNTO
Durante a reunião, foi reforçada a parceria entre a Companhia de Águas e Esgotos do RN – Caern e a Semarh. Para o diretor da Caern, Walter Gasi, é preciso haver uma parceria maior entre a Companhia e a Semarh para que seja possível desenvolver bons projetos.
Com o trabalho voltado para o plano de controle de barragens e o saneamento em pequenas comunidades, Walter Gasi falou sobre a possibilidade de fazer a gestão dos recursos hídricos do Estado por bacia hidrográfica para ter uma maior integração com a Semarh. “Essa integração está começando agora, antes não existia”, disse Walter Gasi. O vice-governador e secretário da Semarh, Robinson Faria, se mostrou aberto ao trabalho em conjunto. “Podemos estabelecer novas metas para a expansão dessa parceria, só precisamos estabelecer o que é prioridade”, observou durante a reunião.
Segundo informações da Caern, existem mais de 745 mil usuários de água cadastrados no Rio Grande do Norte, mas, desses, apenas cerca de 600 mil estão ativos. Esse número reflete diretamente no consumo e desperdício de água no Estado. Para contornar a situação, a Companhia iniciou a elaboração de um projeto para diminuir em 25% o desperdício de água, o que reflete na troca dos hidrômetros – aparelhos que medem o consumo de água nos imóveis. De acordo com Walter Gasi, o Banco Mundial está financiando 20 mil hidrômetros com o objetivo de auxiliar a Caern nessa economia.
Para facilitar o trabalho, o representante do Banco Mundial, Manoel Contijoch, sugeriu a criação de um plano de gestão. Assim, é possível coordenar os projetos conjuntos, incluindo a ampliação no acesso à água com a duplicação da Adutora Monsenhor Expedito, por exemplo.
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