quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Retrospectiva de algumas das principais notícias do meio rural: as conquistas e desafios que teve muita importância para o país em 2010

·         INSTITUIÇÃO DA NOVA LEI DE ATER DE Nº 12.188, DE 11 DE JANEIRO DE 2010 ao qual Institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural para a Agricultura Familiar e Reforma Agrária - PNATER e o Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária - PRONATER, altera a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
·         Execução do Programa Nacional de Habitação Rural no País.
·         Aprovado o Novo Código Florestal que
desagradou ambientalistas e bancada ruralista este Novo Código Florestal foi aprovado na comissão especial da Câmara dos Deputados. A nova lei anistia quem desmatou áreas que deveriam ser preservadas.

·         Realização do Grito da Terra Brasil 2010 que teve como os principais pontos da pauta de reivindicações do GTB 2010 foram a publicação da portaria de atualização dos índices de produtividade rural, o aumento da renda dos agricultores e agricultoras familiares e a aprovação de uma legislação ambiental específica para a agricultura familiar. O presidente da Contag, Alberto Broch, chamou a atenção para a necessidade de o governo aumentar os recursos para o programa Mais Alimentos.
·         Nova edição de Atlas Nacional apresenta transformações do território brasileiro que destaca agropecuária como conseqüência da interiorização, oindica que a expansão da agropecuária faz Brasil crescer para interior; A expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última década. Dados do IBGE
·          De acordo com levantamentos a produtividades de grãos do país foi primordial para promover o crescimento da safra agrícola e elevar o PIB no País.
Setor agropecuário nacional cresceu 7,8% em 2010. Nesse mesmo período, PIB teve aumento de 8,4%, alcançando R$ 937 bilhões. Fonte: Canal Rural.


sábado, 25 de dezembro de 2010

Pesquisa agrícola vive revolução tecnológica

A adoção de tecnologias desenvolvidas pela pesquisa agrícola contribuiu para o país se consolidar no mercado internacional. O Brasil já é o maior produtor e exportador de açúcar, café em grãos e suco de laranja e alcança, também, a primeira posição nas vendas de carnes bovina e de frango, etanol e tabaco. Na avaliação do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, boa parte do sucesso brasileiro no mercado mundial de alimentos deve-se ao trabalho da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). “O governo Lula fez uma aposta firme e alavancou a Embrapa”, afirma.

Ele ressalta que as ações desenvolvidas pela empresa têm colaborado para o desenvolvimento do agronegócio. Um dos alicerces dessa política de reforço da pesquisa está no Programa de Fortalecimento e Crescimento da Empresa (PAC Embrapa), criado em abril de 2008, que atua em quatro áreas: pesquisa e transferência de tecnologia, recursos humanos, infraestrutura e inovação institucional. “Esse programa contribuiu para colocar o Brasil, mais uma vez, num patamar competitivo, por meio da geração de conhecimentos e de transferência de tecnologias”, ressalta o presidente da Embrapa, Pedro Arraes.

Arraes destaca que a pesquisa contribuiu, de forma decisiva, para a revolução da agricultura brasileira. “Ela está embutida em todas as etapas, seja na semente, no insumo ou no maquinário a ser utilizado”, lembra. Segundo o presidente da Embrapa, nos últimos dois anos, foram investidos R$ 351,8 milhões. Somente em 2010, foram aplicados R$ 220,7 milhões e, em 2011, serão destinados mais R$ 84,2 milhões. O orçamento do PAC Embrapa deverá alcançar R$ 656,7 milhões em quatro anos.

Metas
O programa prevê 141 metas, sendo que 127 serão atingidas até o fim de dezembro, e 14, no próximo ano, incluindo a adequação de laboratórios para atender às normas de qualidade e segurança. Além disso, serão criadas linhas de pesquisa e três unidades da Embrapa nos municípios de Sinop (MT), Palmas (TO) e São Luís (MA). Nos últimos anos, também foram inauguradas as unidades de Agroenergia, de Estudos e Capacitação e de Quarentena Vegetal. Com isso, são 42 centros de pesquisa e quatro unidades de serviço no país.

A área de infraestrutura recebe a maior parte dos investimentos do programa e inclui ações para a criação de novos centros, recuperação e ampliação das áreas existentes, adequação de laboratórios a normas internacionais de qualidade, adequação ambiental das instalações da Embrapa e a compra de bens e equipamentos para pesquisa.

Obras
Entre 2008 e 2009, foram contratadas mais de 150 obras e serviços de engenharia em todas as unidades, que contemplam desde a ampliação das instalações de suporte à pesquisa da Embrapa Tabuleiros Costeiros, em Aracaju (SE), até o Abatedouro Experimental de Bovinos e Ovinos, em Bagé (RS).

Na capacitação de funcionários foram aplicados, desde 2008, R$ 14,2 milhões. A maior parte dos recursos foi destinada ao programa de pós-graduação de pesquisadores e analistas, que inclui treinamentos em novas áreas da ciência, realizados em instituições nacionais e estrangeiras. Também são oferecidos treinamentos para todo o quadro técnico e aos gestores, com o objetivo de melhorar a eficiência da empresa, aumentando o seu capital intelectual.

No período de 2003 a 2010, dois fatores contribuíram especialmente para que a Embrapa pudesse atender aos desafios do processo de desenvolvimento da agricultura brasileira: o orçamento passou de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,8 bilhão e o quadro de funcionários ampliou-se de 8,6 mil, em 2007, para 9,8 mil, em 2010, em especial o número de pesquisadores, que passou de 2,3 mil para três mil, no mesmo período. (Kelly Beltrão)
Fonte: MAPA

Técnicas agrícolas evitam gases poluentes

Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma das principais ações adotadas na safra atual

 
Aumento de produtividade com crescimento econômico, responsabilidade social e respeito ao meio ambiente são os resultados de programas promovidos pelo governo federal nos últimos oito anos, período em que o orçamento para a produção rural quase quadruplicou. A aposta em projetos sustentáveis na área da agricultura e pecuária posicionou o Brasil entre os países mais adiantados no alcance das metas firmadas na 15ª Conferência das Partes da Convenção do Clima (COP 15), em 2009, visando a minimizar os efeitos nocivos dessas atividades para a natureza.
O programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) é uma das principais ações adotadas na safra atual (1º de julho de 2010 a 30 de junho de 2011) pelo Ministério da Agricultura, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO²). Além de oferecer financiamento a produtores rurais, o governo promove estudos por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e capacitação profissional para facilitar a difusão de práticas como plantio direto na palha, fixação biológica de nitrogênio, recuperação de pastagens degradadas e o sistema Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (ILPF), que contribuem para a preservação das áreas de produção.
O coordenador de Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Derli Dossa, lembra que o ABC é destinado aos produtores rurais de todos os biomas brasileiros e busca, nos próximos 10 anos deixar de emitir 165 milhões de toneladas equivalentes de CO2.
– A nova agricultura colocada em prática está voltada para diminuir a quantidade de gases poluentes e tem como consequência um clima menos quente no mundo – afirma.
Outras vertentes do programa são a manutenção de florestas comerciais e a recomposição de áreas de preservação ou de reservas florestais, estimulando a redução do desmatamento, sobretudo no bioma Amazônia. A iniciativa complementa as ações do Programa Boi Guardião, lançado em 2009 para monitorar o desmatamento de áreas produtivas na região Norte. Pela regra, apenas o pecuarista que não desmatar para abrir novos pastos no bioma amazônico recebe a Guia de Trânsito Animal Eletrônica (GTA) para comercializar o gado.
Além do ABC, recursos do Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011 são investidos no Programa de Incentivo à Produção Sustentável do Agronegócio (Produsa), que inclui a cultura da palma (dendê) entre os itens financiáveis, quando cultivada em áreas degradadas. E a ação que complementa o ciclo de atividades desenvolvidas para promover uma safra mais verde do país é o Programa de Plantio Comercial e Recuperação de Florestas (Proflora), direcionado à implantação de florestas e à recomposição das áreas de Reserva Legal e Preservação Permanente. A intenção do governo é aumentar, até 2020, a área de florestas de seis milhões para nove milhões de hectares. Isso permitirá a redução da emissão de oito milhões de toneladas a 10 milhões de toneladas de CO2 (medida que considera todos os gases de efeito estufa), no período de 10 anos.
Dos R$ 18 bilhões oferecidos como crédito rural no Plano Agrícola e Pecuário desta safra, R$ 2 bilhões são destinados ao programa ABC e R$ 1 bilhão ao Produsa. O produtor vai acessar o crédito do Produsa nas agências do Banco do Brasil.
– Ao optar pela adoção de práticas sustentáveis, como Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, Produção Orgânica ou Sistema Agropecuário de Produção Integrada, o agricultor poderá obter o crédito a juros de 6,75% ao ano, com a possibilidade de chegar a 5,75%, caso desenvolva essas atividades em áreas degradadas – destaca o secretário de Desenvolvimento e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Márcio Portocarrero.
Para o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, o ABC consolida as metas negociadas pelo Brasil na COP15, dando oportunidade ao país de ter a agricultura mais verde do mundo.
– O Brasil vai vender a âncora verde de sua agricultura. Isso abre negócios, aumenta a renda dos agricultores e melhora as condições ambientais – ressaltou.
Para Arraes, a agricultura ambientalmente correta só traz benefícios para a sociedade e para a economia, já que o país poderá estender as exportações para mercados que valorizam a sustentabilidade

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Assentados têm dificuldade de acesso a crédito e serviços de saúde, diz pesquisa do Incra




A maior parte dos assentados do país está insatisfeita com o acesso a hospitais e postos de saúde (56%) e reclama má qualidade das estradas vicinais de acesso aos assentamentos (57%). E quase metade (48%) não teve acesso aos financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). É o que indica uma pesquisa do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que identificou o perfil e o nível de satisfação das famílias assentadas no país.

investir ainda muito na saúde nos assentamentos”, reconheceu o presidente do Incra, Rolf Hackbart, que apresentou os dados nesta terça“Precisamos -
A falta de assistência técnica, uma das exigências para conseguir o financiamento, é o principfeira (21/12).
al obstáculo para obtenção do crédito. Em 2010, o orçamento do Incra para assistência técnica era de R$ 300 milhões. Porém, caiu pela metade com o contingenciamento determinado pelo governo federal.

Segundo o coordenador da pesquisa, César Schiavon, de 25% a 30% das famílias não têm acesso ao crédito porque vivem em assentamentos novos, em fase de estruturação e sem assistência técnica. O processo para entrar no Pronaf leva de um a dois anos.


Fonte: Globo Rural.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Analistas mantêm previsão de crescimento da economia em 7,61% este ano


Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) mantiveram as projeções para o crescimento da economia. A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 7,61%, neste ano, e em 4,5%, em 2011.
As informações constam do boletim Focus, publicação semanal, elaborada pelo Banco Central (BC) com base em estimativas de analistas do mercado financeiro para os principais indicadores da economia.
A expectativa para a expansão da produção industrial foi ajustada de 10,67% para 10,66%, este ano, e de 5,35% para 5,40%, em 2011.
A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB passou de 40,60% para 40,88%, em 2010, e permaneceu em 39,55%, em 2011.
A expectativa para a cotação do dólar permaneceu em R$ 1,70, ao final deste ano, e em US$ 1,75, ao fim de 2011.
A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) subiu de US$ 16,1 bilhões para US$ 16,4 bilhões, este ano, e permaneceu em US$ 8 bilhões, em 2011.
Para o déficit em transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), a estimativa foi mantida em US$ 50 bilhões, neste ano, e em US$ 69,05 bilhões, em 2011.
A expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) passou de US$ 30 bilhões para US$ 32 bilhões, neste ano. Para 2011, a projeção foi ajustada de US$ 38 bilhões para US$ 38,5 bilhões.

Fonte: Agencia Brasil.

Petrobras e BG brigam pelos números do pré-sal




     A proximidade do fim do prazo exploratório do campo gigante de Tupi acirrou uma guerra de informações entre a Petrobras e sua principal parceira no pré-sal da Bacia de Santos, a britânica BG. Em dois meses, a BG divulgou dois comunicados que desagradaram à direção da Petrobras, por conterem projeções mais otimistas a respeito de volume de reservas e custos relativos ao projeto.
      Por trás dessa briga, segundo analistas, estão grandes divergências estratégicas entre as duas empresas. Cansada de esperar por atualizações das estimativas oficiais, feitas em 2007, a BG quebrou o protocolo e decidiu publicar suas próprias projeções, que falam em reservas próximas a nove bilhões de barris e custos bem abaixo dos US$ 40 por barril usados pela estatal na avaliação do projeto.
      O embate começou no início de novembro, quando a BG divulgou comunicado informando que uma nova análise feita pela certificadora independente Miller and Lents Ltd. (MLL) ampliava em 2,7 bilhões de barris as estimativas de reservas para seus ativos na Bacia de Santos. O estudo diz que as melhores projeções para Tupi apontam para 8,99 bilhões de barris de petróleo e gás.
    Na semana passada, a companhia divulgou nova nota, dizendo que, "à luz das impressionantes características do reservatório e da alta produtividade dos poços", estava calculando os custos do projeto em US$ 14 por barril - US$ 5 referentes ao custo de capital e US$ 9 por barril de custo operacional.
     Os comunicados provocaram reação instantânea da Petrobras. Em sua última resposta, a companhia reafirmou que mantinha suas estimativas iniciais: reservas entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris e viabilidade econômica com petróleo entre US$ 35 e US$ 40 por barril. No texto, ressaltava que a BG descumpriu o contrato de sociedade no projeto, que tem ainda a participação da portuguesa Galp.

Fonte: Agencia Estado

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Alimento animal está dispensado de registro prévio

Brasília (17.12.2010) - A partir de hoje, diversos produtos destinados à alimentação animal estão dispensados de registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com o ministro Wagner Rossi, a medida é o primeiro passo na direção da modernização do ministério, uma das prioridades para os próximos quatro anos.

“O setor produtivo rural avançou muito nos últimos anos, precisamos modernizar a estrutura e enxugar processos para acompanhar esse avanço”, explica Rossi.

As novas regras constam na Instrução Normativa nº 42, publicada nesta sexta-feira, 17 de dezembro, no Diário Oficial da União. Ficam isentos de registro produtos destinados à alimentação animal de baixo risco à saúde dos animais e à saúde pública, como suplementos para bovinos, premix, rações, núcleos e concentrados. A decisão beneficia, de imediato, empresas que fabricam cerca de vinte mil produtos que teriam seus registros vencidos neste sábado, dia 18.

Pelas regras antigas, o processo de registro desse tipo de produto durava, em média 180 dias, com renovação obrigatória a cada cinco anos. Qualquer alteração na fórmula precisava ser submetida ao mesmo processo.

A partir de agora, cabe ao responsável técnico do fabricante a aprovação de fórmulas, rótulos e embalagens dos produtos isentos, respeitando a legislação vigente. O estabelecimento deve apenas informar ao ministério a relação dos produtos aprovados pelo responsável técnico e arquivar os registros para fins de fiscalização.

“O registro demanda muito tempo da fiscalização e não tem impacto nas questões de controle e segurança dos produtos. As novas regras desburocratizam o processo e permitem que o ministério concentre esforços na fiscalização do processo produtivo”, avalia Wagner Rossi. “O produtor passa a ser responsável pela qualidade e regularidade de seus produtos”, conclui. (Mylena Fiori)

Fim de semana no Norte e no Nordeste será com chuva

17.12.2010) - A previsão do tempo para este fim de semana, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de céu com muitas nuvens e ocorrência de pancadas de chuva nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Segundo o instituto, as chuvas no Sudeste podem se concentrar no sul de Minas Gerais e no Triângulo Mineiro, em São Paulo e no sul do Rio de Janeiro. O Nordeste terá pancadas de chuva no litoral da Bahia até o Rio Grande do Norte, no Ceará, no Piauí e no Maranhão. (Sophia Gebrim, com informações do Inmet)
Fonte: MAPA

Compras de arroz e feijão caem no Brasil, segundo IBGE


De acordo com pesquisa do órgão, alimentos tradicionais perderam espaço, enquanto os industrializados ganharam importância na mesa

O brasileiro está comprando menos arroz e feijão. O arroz caiu 40,5%, tendo passado da média de 24,5 para 14,6 quilos por pessoa ao longo de um ano. Já o feijão teve redução de 26,4%, passando de 12,4 para 9,1 quilos. A aquisição de açúcar refinado também diminuiu 48,3% (de 6,1 para 3,2 quilos) no período.

Por outro lado, houve aumento na compra de refrigerante de cola (39,3%, de 9,1 para 12,7 quilos), água mineral (27,5%, de 10,9 para 13,9 quilos) e cerveja (23,2%, de 4,6 para 5,6 quilos). Os dados fazem parte do suplemento Aquisição Domiciliar per Capita, da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009, divulgado nesta quinta-feira (16/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O levantamento revela que o arroz e o feijão também perderam participação relativa entre os itens tradicionais na composição do total médio diário de calorias consumido pelo brasileiro. No caso do arroz, a contribuição passou de 17,4% para 16,2%; já o feijão reduziu sua participação no prato do brasileiro de 6,6% para 5,4%. O mesmo movimento foi observado na farinha de mandioca (de 4,9% para 3,9%). Por outro lado, aumentou a proporção de comidas industrializadas, como pães (de 5,7% para 6,4%), embutidos (de 1,78% para 2,2%), biscoitos (de 3,1% para 3,4%), refrigerantes (de 1,5% para 1,8%) e refeições prontas (de 3,3% para 4,6%).

Ainda de acordo com o estudo, em 2009 tiveram destaque na aquisição domiciliar per capita em todo o país as bebidas e infusões, (50,7 quilos); laticínios (43,7 quilos); cereais e leguminosas (39,0 quilos); frutas (28,9 quilos); hortaliças (27,1 quilos) e carnes (25,4 quilos).

Na área urbana, a aquisição foi maior (55,2 quilos) do que a média nacional para bebidas e infusões. Na área rural, foi bem menor (28,9 quilos).

Entre as regiões, a Sul se destacou na média de aquisição de carnes (35,7 quilos), laticínios (67,4 quilos), bebidas e infusões (64,1 quilos), hortaliças (38,6 quilos), frutas (36,5 quilos) e alimentos preparados e misturas industriais (4,8 quilos). Já a Centro-Oeste e a Nordeste tiveram as maiores médias para cereais e leguminosas (50,2 quilos e 43,6 quilos, respectivamente).

A forma de aquisição de alimentos mais usada em todo o país foi a monetária, mesmo na área rural onde a aquisição não monetária só foi maior nos grupos de laticínios (26,1 quilos contra 17,3 quilos, uma diferença de 51%) e pescados (3,9 quilos contra 3,7 quilos, diferença de 5,4%).

Ainda de acordo com a pesquisa, os alimentos adquiridos para consumo no domicílio constituíam, no período da pesquisa, 68,9% da despesa média mensal familiar com alimentação, contra 75,9% registrados no levantamento relativo aos anos de 2002-2003, indicando uma mudança nos gastos com alimentação em domicílio.

Fonte: Site Criar e Plantar.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Governo apresenta balanço de ações entre 2003 e 2010

Brasília (15.12.2010) - O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, participou, nesta quarta-feira, 15 de dezembro, no Palácio do Planalto, da cerimônia de apresentação do balanço de governo dos oito anos do presidente Lula. Entre as principais ações voltadas à agricultura empresarial no período está o estímulo à produção de grãos, que subiu de 123,1 milhões de toneladas na safra 2002/2003 para 149 milhões de toneladas no ciclo agrícola 2009/2010. Nos últimos oito anos, foram destinados R$ 381 bilhões ao crédito rural, com crescimento de 131% no período.

O Ministério da Agricultura também investiu na sustentação dos preços pagos ao produtor, na ampliação do seguro rural, no fortalecimento dos serviços de defesa agropecuária, no apoio ao cooperativismo e na geração de difusão de novas tecnologias. Além disso, a busca por novos mercados para os produtos do agronegócio nacional foi prioridade no governo Lula. (Laila Muniz)

Fonte: MAPA  - Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento.

I FEIRA ESTADUAL DA AGRICULTURA FAMILIAR COMEÇOU HOJE


O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) promovem entre os dias de 16 a 18 próximos (de quinta-feira a sábado) a I Feira Estadual da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária e a II Feira de Economia Feminista e Solidária do RN.
Os eventos são realizados em parceria com Governo do Estado, Prefeitura e Arquidiocese de Natal e outras instituições governamentais e não-governamentais. A Feira é uma das ações do Programa de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia (Aegre/SDT), com apoio do Centro Feminista 8 de Março e do Instituto de Assessoria a Cidadania e ao Desenvolvimento Sustentável (IDS).
Quatro estandes e 115 barracas serão montados ao lado da Catedral Metropolitana de Natal, na Cidade Alta, e contarão com a participação de 230 expositores. Dos 115 grupos participantes, 80 são constituídos somente por mulheres e 35 são de grupos mistos. A principal idéia da feira é de promoção, divulgação e comercialização dos produtos agroecológicos, da economia solidária, de agroindústrias familiares e de artesanato produzidos por grupos de mulheres e mistos das áreas rurais e urbanas do Rio Grande do Norte.

MULHERES

Destaque para os 80 grupos de mulheres rurais e urbanas, oriundos da pesca artesanais, assentamentos da Reforma Agrária e Crédito Fundiário, extrativistas, aqüicultoras, quilombolas e indígenas. São trabalhadoras rurais oriundas dos Territórios da Cidadania do Açu/Mossoró, Sertão do Apodi, Mato Grande, Seridó, Sertão Central, Traíri, Potengi e região Metropolitana de Natal.
Nos três dias do evento serão comercializadas hortaliças orgânicas frescas, comidas típicas, quitutes derivados de peixes e mariscos, doces, biscoitos, queijo, manteiga da terra, bolos, cocadas, mel de abelha, castanha de caju, artesanato em palha, renda e crochê. O pescado, com a comercialização de tilápia (posta, filé e in natura) ganha atenção como um dos produtos que poderão ser encontrados durante o evento.
A Feira pretende apresentar as potencialidades do Estado a partir de produtos baseados na agricultura familiar, artesanato e agroecologia. Também traz à tona a discussão do conceito de economia solidária como uma nova proposta frente ao sistema econômico vigente. A produção baseada na economia solidária é feita sem exploração da mão-de-obra, do solo e dos recursos naturais e preza pelo respeito ao meio ambiente e ao ser humano.
Segundo informações do Governo Federal, as mulheres representam mais da metade da população brasileira. Elas são as mais afetadas pelos processos migratórios e cada vez mais assume a responsabilidade pelo grupo familiar que integram. Sua presença na economia rural é marcada por uma forte divisão sexual do trabalho, expressa numa concentração das mulheres em atividades voltadas para o auto-consumo familiar e realizadas como mera extensão dos cuidados com os filhos e os demais membros da família. Tais atividades são realizadas predominantemente sem remuneração e, portanto, não vinculadas à comercialização.
“A feira permite a mulher ter acesso à renda. Se prestarmos atenção, normalmente a mulher tem o trabalho de produzir, mas não de comercializar. Na grande maioria das vezes quem fica com o valor do produto vendido é o homem e não a mulher, apesar de quase sempre ter tido todo o trabalho”, opinou Paulo Sidney Gomes, superintendente regional do Incra/RN.

SERVIÇOS

EVENTO – I Feira Estadual da Agricultura Familiar e da Reforma Agrária e a II Feira de Economia Feminista e Solidária do RN

LOCAL - Prolongamento da Catedral Metropolitana de Natal, localizada à Rua Açu, Cidade Alta (Centro)
DATA - 16, 17 e 18 de dezembro
HORÁRIO - Dia 16 (16h às 20h)
Dia 17 (8h às 22h)
Dia 18 (8h às 12h)

Fonte: Blog do Deputado Mineiro.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Exportações do agronegócio devem chegar ao recorde de US$ 75 bilhões em 2010


Resultado seria 4,5% maior que o obtido pelo Brasil em 2008, ano de melhor desempenho nos embarques
As exportações do agronegócio do Brasil renderam US$ 70,3 bilhões de janeiro a novembro deste ano, 17,7% a mais que o embarcado no mesmo período de 2009. O valor se aproxima do recorde alcançado em 2008, quando os embarques totalizaram US$ 71,8 bilhões. A expectativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento é que as vendas externas superem US$ 75 bilhões em 2010.

“Os números mostram que mais uma vez os produtos do agronegócio vão garantir o saldo positivo na balança comercial do país”, afirma o ministro da Agricultura, Wagner Rossi. A diferença entre as exportações e as importações do setor soma US$ 58,2 bilhões entre janeiro e novembro, US$ 7,3 bilhões a mais que o registrado nos onze primeiros meses de 2009.

No ano, o complexo sucroalcooleiro (açúcar e etanol) foi o que mais cresceu em receita, com aumento de 44,6%. As exportações somaram US$ 12,6 bilhões, confirmando a maior procura pelo açúcar brasileiro e os bons preços internacionais após a redução da safra indiana. Produtos florestais (29,7%), carnes (16,7%) e café (31,1%) também contribuíram para o resultado positivo. No caso do café, o valor exportado - US$ 5 bilhões - é o maior já registrado e ultrapassa o valor alcançado em todo o ano passado - US$ 4,3 bilhões. As importações registraram aumento de 35,6% no período.

Com US$ 6,3 bilhões, as vendas externas de novembro são recordes para o mês, desde que o governo iniciou a série histórica, em 1989.

Destinos

A participação da Ásia nas exportações alcançou 31%, de janeiro a novembro de 2010. Principal comprador de produtos do agronegócio, a China ampliou as importações do Brasil em 24,2%, passando de US$ 8,6 bilhões para 10,7 bilhões. Europa Oriental (34,8%), Oriente Médio (32,2%) e Mercosul (30,7%) também apresentaram aumentos expressivos, consolidando a maior inserção dos produtos nacionais em países em desenvolvimento.

Os países que ampliaram mais as compras do agronegócio brasileiro foram Irã (93,9%), Egito (79,7%), Rússia (43,5%), Venezuela (36,2%), Japão (35%), Argentina (30,8%) e Arábia Saudita (26,5%).

Fonte: Notícias - Criar e Plantar

Petrobras Biocombustível encerra o ano com produção de um bilhão de litros de etanol



Empresa prevê investir US$ 3,5 bilhões no setor até 2014.
O presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rossetto, anunciou que a empresa vai terminar o ano com uma produção em torno de um milhão de metros cúbicos de etanol (o equivalente a um bilhão de litros). “Temos um plano para 2014 de 2,6 milhões de metros cúbicos (ou 2,6 bilhões de litros)”, disse.

Ao todo, são 23 milhões de toneladas de cana que deverão ser moídas na safra que termina em 2011, em parceria com as empresas Guarany e Nova Fronteira, segundo Rossetto. “Vamos continuar crescendo, a partir dessa estratégia adotada”. Com as parcerias, a Petrobras poderá ocupar a terceira posição em moagem no país.

Até 2014, a Petrobras Biocombustível prevê investir US$ 3,5 bilhões, sendo US$ 2,5 bilhões na produção e cerca de US$ 400 milhões em pesquisa e desenvolvimento.

Revista: Globo Rural

Expansão agropecuária faz Brasil crescer para o interior



Nova edição de Atlas Nacional apresenta transformações do território brasileiro
Atlas destaca agropecuária como consequência da interiorização

A expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última década.

A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado nesta terça-feira (14/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas sobre o território brasileiro na última década.

De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, o movimento reflete uma redefinição de funções do território. “O Brasil tem um território imenso, que está crescendo em termos de distribuição da população e de atividades no território, tanto com a interiorização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportações e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma ‘refuncionalização’ do território, com novas especializações”, explica.

O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agropecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbanização em reforço à atividade em municípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso.

A coordenadora do IBGE destaca, ainda, que os fluxos de migração interestaduais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação com os fluxos destinados ao interior do país. A grande exceção, segundo ela, constitui a área no Entorno do Distrito Federal, que continua a apresentar enorme capacidade de atração migratória. A publicação também reforça que as desigualdades regionais de desenvolvimento não foram plenamente vencidas.

Fonte: Revista Globo Rural.

Galinha na China põe ovo em formato incomum



O chinês Zhang Yunfeng se surpreendeu ao entrar em seu galinheiro localizado na província de Hebei, nesta segunda-feira (13/12). Ele ouviu seus animais cacarejando e correu para ver o que tinha acontecido. “Quando cheguei, vi que uma de minhas galinhas havia colocado um ovo que tinha a forma de um pino de boliche”, afirma.

O “produto” que mais parece uma batata pela forma e pela cor, chamou a atenção dos moradores da região que ficaram assustados com o ovo incomum.

Segundo o jornal Metro, os especialistas afirmam que o fenômeno pode ser explicado considerando problemas de ovulação da galinha ou desequilíbrios hormonais, além do tipo de dieta que foi indicada para o animal.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Modernização do Ministério da Agricultura será prioridade



Brasília (13.12.2010) - O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, confirmado no cargo pela presidente eleita, Dilma Roussef, anunciou, nesta segunda-feira, 13 de dezembro, as principais linhas de sua gestão para os próximos quatro anos. O projeto inclui a modernização da estrutura do ministério, um novo modelo de financiamento do crédito rural, a ampliação do seguro rural e a abertura de novos mercados para a carne brasileira. O ministro ainda apresentou os números mais atualizados das exportações do agronegócio, que atingiram US$ 70,3 bilhões de janeiro a novembro, e um superávit de US$ 58 bilhões.

Modernização

“Precisamos modernizar o Ministério da Agricultura para que possa acompanhar o grande avanço do setor produtivo rural. Há um descompasso entre um setor que avançou muito nos últimos anos, sobretudo na última década, e uma estrutura que permanece basicamente a mesma de 30 anos atrás”, avaliou o ministro. De acordo com Rossi, a partir de 2011 será realizado um grande diagnóstico envolvendo toda a equipe da pasta para definir como o ministério pode responder de forma mais eficiente às demandas da sociedade e, principalmente, dos produtores rurais. Ele mencionou, por exemplo, que é necessário reduzir o tempo de conclusão de processos como os registros de produtos e de certificação de origem. “Hoje, o agronegócio representa 26% do PIB e 42% das exportações e a resposta a sociedade tem sido dada por um ministério que foi montado numa época em que não chegávamos à metade desses números”, afirmou.

Apoio ao setor rural

O ministro afirmou que haverá uma integração entre a Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM) e o Seguro Rural. “Vamos estudar se mais recursos forem aplicados para ampliar o seguro rural será possível dar a segurança de renda que o país precisa para seus produtores”, disse. Segundo Rossi, a intenção não é substituir a PGPM, mas investir o orçamento de forma mais eficiente para que o Brasil possa ter um seguro rural mais abrangente, capaz de cobrir os riscos climáticos e também os riscos mercadológicos. Ele lembrou que o Fundo de Catástrofe, sancionado em agosto, foi um passo importante para promover a expansão do seguro no Brasil. Explicou ainda que o setor precisa de um apoio mais efetivo para assegurar a renda do produtor. “A garantia do preço mínimo tem sido eficiente, mas a política é centrada nos custos de produção variáveis, que consideram apenas os desembolsos que o produtor faz a cada ano para determinada cultura”, informou o ministro. Esse é um projeto de longo prazo e não apenas para o primeiro ano de governo e que responde a uma demanda de todo setor produtivo”, completou.

Abertura de mercados

“Há um esforço grande para que possamos aumentar o nosso comércio com Extremo Oriente, principalmente para a carne suína”, informou o ministro. Os mercados prioritários para o Brasil são China, Japão e Coreia. Rossi reforçou que o Ministério da Agricultura está enfrentando todas as barreiras impostas aos produtos nacionais. “Uma delas é a própria abertura de mercados com o Extremo Oriente. Com sucessivas aproximações, estamos prestes a estabelecer um acordo comercial”, disse. O ministro comentou também o sistema de cotas da Rússia para as carnes. Conforme Rossi, um encontro que ocorrerá no início do próximo ano, em Berlim (Alemanha), deve fechar as negociações entre as autoridades russas e brasileiras sobre o assunto. “Nossa bandeira é que se cotas forem mantidas, que não sejam demarcadas geograficamente porque o Brasil entra e ganha espaço”, relata o ministro. Isso ocorreu, lembra Wagner Rossi, com a carne bovina, que tem um sistema de cotas mais aberto, e o Brasil forneceu, em 2009, 50% do produto consumido na Rússia. Há uma terceira limitação mencionada pelo ministro, que é a mercadológica sob alegação sanitária. “Alguns países não podem evitar que o Brasil ganhe mercado, então, fazem alegações sanitárias, na maior parte delas, absurda. Por exemplo, o Brasil não tem nenhum caso de febre aftosa há mais de quatro anos”, enfatiza. Para enfrentar essa situação, o Ministério da Agricultura, em conjunto com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República, está preparando uma campanha de esclarecimento sobre as condições produtivas no Brasil, envolvendo sanidade, qualidade e condições de preço. “Percebi, principalmente quando estive na Europa, que o nível de informação da população é muito baixo sobre a produção brasileira. Quando o projeto estiver pronto vamos chamar a iniciativa privada a participar dessa campanha”, concluiu.

Novo modelo de financiamento

Wagner Rossi anunciou um projeto para combater o desenvolvimento desigual dentro da agropecuária. “Há uma diferença entre a situação do produtor agrícola e do pecuarista em relação à organização dos setores, especialmente no que diz respeito ao acesso a financiamento”, ponderou. Segundo o ministro, é necessário criar uma linha de crédito mais específica para a pecuária, que seja capaz de enfrentar questões de médio prazo, como o sacrifício das matrizes que aconteceu alguns anos atrás e está repercutindo hoje com a diminuição da oferta de boi. Rossi ainda citou linhas especiais para a fruticultura. “O setor tem um potencial enorme em áreas irrigadas e no Nordeste e precisa ter um apoio similar ao que outras culturas já têm”, reforçou. Rossi ressaltou a importância de ações de médio e longo prazo para o trigo. “Precisamos sair de uma ação pontual para uma política estruturante. O objetivo não é a autossuficiência, pois temos uma parceria forte com Argentina, Paraguai e Uruguai. Temos que melhorar a qualidade do trigo, que tem muita relação com o preço pago ao produtor”, explicou.

Exportações

“Estamos batendo recordes de exportação com o dólar da forma como ele está. Exportamos de janeiro a novembro US$ 70,3 bilhões em produtos da agropecuária, o que nos aproxima do recorde de todos os tempos, que foi em 2008, quando chegamos a US$ 71,8 bilhões”, anunciou Rossi. “É quase certo que tenhamos a maior exportação agrícola e pecuária da história do país, com o maior superávit nessa área. Devemos superar os US$ 60 bilhões”, afirmou.

Código Florestal

Wagner Rossi defendeu que qualquer aperfeiçoamento do Código Florestal deve ser feito pelo Congresso Nacional, especialmente no Senado, após a votação no plenário da Câmara prevista para ocorrer esta semana. “A sinalização para o setor rural de que haverá regras mais justas e mais adequadas já seria um grande avanço. O trabalho do deputado Aldo Rebelo foi extremamente equilibrado. Ele não abriu nenhuma possibilidade de aumento do desmatamento, não diminuiu qualquer defesa dos biomas”, disse, se referindo ao relatório do deputado do PCdoB de São Paulo sobre o Código. Rossi citou também a iniciativa do Ministério da Agricultura, pioneira no mundo, de estabelecer ações para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa, como é o caso do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC).

Qualidade do Café

“Temos colocado várias cadeias produtivas juntas para conversar e isso foi muito positivo no café”, classificou o ministro. Ele informou que o governo, em conjunto com a iniciativa privada, está iniciando o plano de melhoria da qualidade do café no mercado interno, prevista na Instrução Normativa nº 16, que entrar em vigor em fevereiro de 2011. “Conseguimos estabelecer 100% de controle na pureza, 100% de controle na umidade. Para o aspecto sensorial, que é mais subjetivo, vamos fazer, numa primeira fase, o apoio do governo treinando provadores de café”, relatou. Segundo Rossi, a formação de degustadores começa em janeiro e esses profissionais percorrerão as indústrias para orientá-los sobre como melhorar a qualidade sensorial do produto (aroma e sabor). O ministro comemorou também a autorização para que o Brasil negocie o café na bolsa de Nova York. Ele avalia que o país pode ainda ganhar mercado já que o produto nacional tem ótima qualidade em grande quantidade. “Temos, indiscutivelmente, o melhor café do mundo”, reforçou.

Índice de produtividade

“Tenho resistência à ideia de impor um índice de produtividade a uma propriedade determinada. Na verdade, quem deve definir o que, como e quando o produtor vai produzir é o mercado, a visão que ele tem da oportunidade de negócios, de perspectiva de preço e demanda interna e externa”, opinou o ministro. “Quem quer definir os índices está pensando em um Brasil de 30 anos atrás, quando havia necessidade de um mecanismo como esse, pois não existiam terras disponíveis para a reforma agrária. Hoje, há muitas terras disponíveis e a possibilidade se adquirir terras no mercado”, concluiu Rossi. (Laila Muniz)

Governo do Rio testa asfalto ecológico em estradas



Nova pavimentação deixa a pista menos escorregadia em dias de chuva e tem maior durabilidade
Expectativa é que o novo asfalto tenha a durabilidade de 20 anos, o dobro em relação a recapeamentos comuns

O governo do Rio de Janeiro começou a testar um tipo de asfalto sustentável como alternativa para aumentar a segurança nas estradas e espera adotar a iniciativa em todo o estado. O asfalto ecológico, como está sendo chamado, deixa a pista menos escorregadia em dias de chuva e tem maior durabilidade. Segundo informações do Departamento de Estradas de Rodagem (DER-RJ) nesta segunda-feira (13/12), além do esforço ecológico, a ideia é ter uma produção de asfalto de melhor qualidade e com baixo custo.

Para testar o novo tipo de pavimentação que usa uma mistura com pneus triturados, a primeira estrada brasileira a receber 35 quilômetros desse tipo de asfalto será a RJ-122, conhecida como Rio-Friburgo, rodovia que liga os municípios de Guapimirim e Cachoeiras de Macacu, na região metropolitana do Rio. O diretor de Obras do DER-RJ, o engenheiro Ângelo Pinto, afirma que cada metro quadrado de asfalto ecológico retira do meio ambiente o equivalente a um pneu usado.

“Além de conseguir gastar (na fabricação do asfalto) uma quantidade muito grande de pneus, esse pavimento com alta viscosidade, elevado percentual de borracha, permite uma redução de ruído muito grande”, explica o engenheiro. Ele destaca que a mistura garante uma massa asfáltica com alto coeficiente de atrito, aumentando a performance dos carros. Com isso, é possível reduzir o número de acidentes nas pistas.

O diretor afirma que a obra será concluída no segundo semestre do ano que vem e a expectativa é que o piso tenha a durabilidade de 20 anos, o dobro em relação a recapeamentos comuns. Segundo Ângelo Pinto, a utilização dessa tecnologia vai depender da conveniência, logística e disponibilidade de pneus em cada obra, que segue a orientação dos secretários municipais. Entretanto, ele afirma que “é uma tendência que (o asfalto ecológico) seja usado cada vez mais em rodovias”.

Segundo o DER-RJ, outras pesquisas com polímeros à base de borracha estão sendo feitas para aumentar a segurança e o conforto dos condutores nas estradas. Uma usina móvel foi instalada em Cachoeiras de Macacu para produzir o material, que foi inventado em 1960, no Arizona (Estados Unidos), mas só foi liberado para uso em escala industrial após a quebra da patente do produto, em 1998.

Importação de castanha-de-caju tem novas regras




Para o Brasil importar castanha-de-caju (Anacardium occidentale) in natura da Nigéria será necessário seguir algumas regras. “O produto deverá ser fumigado para eliminar as possíveis pragas, estar acondicionado em sacarias novas, livre de resíduos vegetais e de material de solo”, explica o chefe da Divisão de Análise de Risco de Pragas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Jefé Leão Ribeiro. O texto consta na Instrução Normativa n° 33, publicada no Diário Oficial da União (DOU) dessa quinta-feira (9).



Para o material entrar no país, deverá estar acompanhado do Certificado Fitossanitário emitido pela Organização Nacional de Proteção Fitossanitária da Nigéria. “Além disso, o documento especificará o tratamento a que o produto foi submetido para o controle de insetos, como temperatura e tempo de exposição”, informa Ribeiro.



As partidas serão inspecionadas pelos fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura no ponto de ingresso. No caso de interceptação de pragas, a Organização Nacional de Proteção Fitossanitária (ONPF) da Nigéria será notificada e a ONPF do Brasil poderá suspender as importações até a revisão da Análise de Risco de Pragas. “Se não forem cumpridas todas essas exigências, os produtos não poderão ser internacionalizados”, esclarece Ribeiro.



Antes dessa IN entrar em vigor, a importação de castanha-de-caju da Nigéria estava proibida, pois ainda não tinha sido elaborada a Análise de Risco de Pragas.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Leitores Bom Final de Semana!!








Olá Meus Amigos e Leitores do Blog Notícias Rurais!

Mas UMA Semana se finda, e Mais uma Que o Nosso Bom Deus permitiu nsa Que um partilhássemos. E me SINTO UMA Abençoada em-los in tê Minha
Vida !Continuem visitando o blog, POIs Próxima Semana Novas notícias Será, será postada ... DESDE JÁ Quero agradecer de Visitas!
Tenham Todos um lindo final de Semana ...

BIOCOMBUSTÍVEL- Unica reafirma que pode ir à OMC contra barreiras ao etanol impostas pelos Estados Unidos



Para a entidade que representa indústria de cana brasileira, americanos não estão comprometidos com comércio livre e justo envolvendo energias limpas
Enquanto se aguardam as negociações no Congresso dos Estados Unidos em relação ao futuro dos subsídios relacionados à produção americana de etanol e à tarifa de importação de US$ 0,54 por galão (3,17 litros), a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) divulgou uma nota na noite desta terça-feira (07/12) destacando o esforço da entidade para reformar as políticas de etanol naquele país, de modo a reduzir as distorções no comércio e evitar conflitos comerciais.

“Por 30 anos, os Estados Unidos têm subsidiado o etanol de milho e imposto barreiras comerciais ao etanol importado. Nos últimos três anos, a Unica tem procurado trabalhar com diversas entidades nos Estados Unidos. No entanto, após não ter obtido sucesso por duas vezes – durante a administração Bush, e agora, com Obama – está claro que os Estados Unidos não estão comprometidos com um comércio livre e justo envolvendo energias limpas, particularmente no que se refere ao etanol”, disse o presidente da Unica, Marcos Jank, por meio da nota.

Segundo a Unica, a justificativa para que se mantenha a tarifa imposta pelos Estados Unidos ao etanol importado tem sido, sempre, compensar o subsídio concedido às distribuidoras de combustíveis para acrescentar etanol à gasolina, de forma a impedir que recursos públicos americanos subsidiem a produção de energia de outros países. “Infelizmente, a legislação que vem sendo negociada pelo presidente e líderes congressistas foi criada para efetivamente dobrar a tarifa de importação, de US$0,09 para US$0,18, transformando a imposição da tarifa em uma clara e punitiva barreira comercial”, disse Jank.

Ainda de acordo com o representante da indústria de cana brasileira, a Unica discutirá com o governo nacional o início de um processo legal na Organização Mundial do Comércio (OMC), tão logo a legislação americana seja aprovada no Congresso e assinada pelo presidente Barack Obama. “Até que isto ocorra, esgotaremos todas as opções para resolver nossas diferenças por meio de diálogos bilaterais e dentro do processo legislativo americano. Terminado este processo, será então o momento para que a OMC resolva a questão à luz do direito internacional e de medidas cabíveis”, completou.

Brasil Ecodiesel e Maeda fecham acordo para fusão

Nova empresa formada com a união terá receita de mais de R$ 700 milhões em 2011
Unidade da Brasil Ecodiesel em Cratéus, no Ceará: empresa ficará com 67% da nova empresa, formada pela união com a Maeda.

A Brasil Ecodiesel e a holding Maeda S/A fecharam o acordo que vai permitir a fusão entre as duas empresas. Pelo acertado, a empresa de biodiesel vai adquirir o controle da Maeda por meio de um processo de troca de ações, de acordo com informação do presidente da Brasil Ecodiesel, José Carlos Aguilera.

Neste processo, ainda sujeito à aprovação da assembleia de acionistas que se reunirá de forma extraordinária em 23 de dezembro, a Brasil Ecodiesel vai incorporar as ações na relação de 3,6395 ações da Maeda por uma ação da Brasil Ecodiesel. “No que se refere aos executivos e ao Conselho de Administração da Brasil Ecodiesel, a operação está aprovada”, disse Aguilera.

Como resultado, a nova empresa que surgirá dessa operação terá 67% nas mãos dos antigos acionistas da Brasil Ecodiesel e 33% da Maeda. O investidor Enrique Bañuelos de Castro - que controla a Maeda através do fundo Arion - será o maior acionista da nova companhia, com 24% das ações. O maior acionista individual da Brasil Ecodiesel, Silvio Tini, ficará com cerca de 10% das ações. A nova empresa terá receita de mais de R$ 700 milhões em 2011.

Aguilera explica que a operação com a Maeda foi uma estratégia para sair da dependência do mercado de biodiesel, com a diversificação de produtos do segmento da agroindústria. “Escolhemos um sócio estratégico com experiência de sucesso na área agrícola, que possui um braço financeiro que valoriza a governança do mercado de capitais”, disse o executivo. Nesse processo de diversificação, não está descartada a produção de bioquerosene de óleo vegetal. “Hoje, o que está em análise é o pinhão manso”, disse o executivo. Nesta semana, a Brasil Ecodiesel anunciou que estuda, junto com a TAM, a produção de bioquerosene para aviação.

Exportações brasileiras de carne suína caem 18,84% em novembro



No acumulado de 2010, vendas para fora diminuíram 10,6%, mas o faturamento no período cresceu 10,14%
No último mês de novembro, o Brasil vendeu 18,84% menos carne de porco para outros país do que em novembro do ano passado, uma diferença de 16.984 toneladas. A informação foi divulgada pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) nesta quarta-feira (08/12).

De acordo com a entidade, o país já acumula diminuição de 10,6% nas exportações de carne suína ao longo do ano de 2010. Mas, nesse período, o faturamento já atinge alta de 10,14% em relação a 2009: US$ 1.248.754 (cerca de R$ 2.089.290,32) no total. Isso se explica em parte pelo aumento do preço, atualmente 23,19% maior que no ano anterior.

Em novembro, as exportações atingiram pouco mais de 43 mil toneladas, que resultaram numa receita de US$ 115,122 milhões (R$ 192.610,62).

Frutos de cor roxa podem prevenir Alzheimer, câncer e problemas do coração



As chances de desenvolver as doenças podem ser reduzidas pelo consumo de frutas como mirtilo e amora por Globo Rural Online Shutterstock O consumo de mirtilos também ajuda no combate de doenças como esclerose múltipla e Parkinson.

Comer frutos de cor roxa pode afastar problemas de Alzheimer, do coração e câncer. É o que acreditam pesquisadores da Universidade de Manchester, na Inglaterra.

Segundo os cientistas, as chances de desenvolver esclerose múltipla e a doença de Parkinson também podem ser reduzidas pelo consumo de frutas como mirtilos, amoras, groselha negra (cassis) e ameixas.

A inclusão na dieta de cinco porções diárias de frutas de cor roxa ajuda a combater os efeitos nocivos de ferro no organismo. "Nós pensamos em ferro, normalmente, como algo que é bom para nós. E, na forma certa, é. Mas, reagindo de forma errada, não é benéfico para a saúde, afirma o professor Douglas Kell. Ou seja, os benefícios do ferro só são sentidos quando o mineral reage com outros compostos no corpo.

Os polifenóis presentes em mirtilos e outros frutos da cor púrpura são capazes de reagir com o ferro e manter o indivíduo fora de perigo, explicam os pesquisadores. O chá verde e a curcumina, principal ingrediente do tempero curry, também possuem composto semelhante. De acordo com a revista Archives of Toxicology, mesmo o chocolate pode ajudar.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Agricultura familiar e governo avaliam Programa Nacional de Crédito Fundiário

Representantes da agricultura familiar e do governo federal se reuniram nesta terça, dia 7, em Brasília. Eles fizeram uma avaliação do Programa Nacional de Crédito Fundiário, que financia a compra de terras.
A abertura do evento contou com a presença de parlamentares e do ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel.
Desde que foi criado, em 2003, o Programa de Crédito disponibilizou R$ 2,2 bilhões. Segundo balanço oficial, 82 mil famílias conseguiram financiar a compra de pequenas propriedades. Mas em alguns Estados, como Minas Gerais, os agricultores ainda enfrentam dificuldades para conseguir os recursos.
O ministro Guilherme Cassel disse que o programa sofrerá mudanças em 2011. O objetivo é atender mais produtores.

Coxa e sobrecoxa de frango entram nas normas sobre teor de água em partes congeladas





Até o final de dezembro, as normas deverão incidir também sobre a carcaça inteira.
A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura ampliou o número de cortes de frango a serem submetidos às normas que medem o teor de água contida em partes congeladas e resfriadas. Elas passam a valer agora para coxa, sobrecoxa e perna inteira do frango. A instrução normativa foi publicada nesta terça-feira (07/12) no Diário Oficial da União.

Até então, as normas abrangiam apenas peito com osso e desossado e peito com pele e sem pele. Até o final de dezembro, as normas deverão incidir também sobre a carcaça inteira. A informação é do diretor de produção da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Ariel Antônio Mendes.

Segundo Ariel, o setor aprova a metodologia por permitir uma medição mais precisa do teor de umidade e de proteína, ao impor limites. Eles foram estipulados a partir de análises em amostras coletadas em todo o país, com diferentes pesos, idades e linhagens.

O método já é adotado pela União Europeia, apenas com valores diferentes, porque o peso do frango varia de acordo com a alimentação e peso. Na opinião de Ariel, ele deve aprimorar o controle feito pelo Ministério da Agricultura e pelas próprias empresas.

Fonte: Revista Globo Rural

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Produtores de algodão querem nova política de garantia de preço mínimo





A sugestão do representante do setor é que o governo ofereça um novo instrumento de garantia para as vendas futuras. "O governo sempre apoiou os cotonicultores", afirma De Marco, apontando que o ideal seria uma intervenção oficial nesse setor, em caso de necessidade, Para o presidente da Abrapa, só a garantia de sustentabilidade pode estimular o produtor a inOs produtores de algodão defenderam nesta segunda-feira (06/12), em Brasília, uma nova política governamental de garantia de preço mínimo. A justificativa apresentada pelo novo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Sérgio De Marco, é que o setor é o segundo maior gerador de empregos do país, depois da construção civil, e "pode garantir, em muitos momentos, na flutuação de mercado, mais rentabilidade que a própria soja".

vestir mais. O setor tem o custo de produção mais alto do agronegócio, ede acordo com a situação de mercado.
Investimentos quipamentos e usinas de beneficiamento envolvem custos muito elevados e, além disso, precisa trabalhar com previsibilidade e segurança para fechar negócios antecipadamente.

No momento, os produtores querem aumentar a área plantada, a fim de superar os prejuízos que tiveram em anos anteriores. "Se [os cotonicultores] tiverem apoio do governo, não vão se arrepender", diz De Marco.

O Brasil é o quarto maior exportador de algodão do mundo e o quinto maior produtor mundial. A cadeia produtiva do algodão gera no país entre 50 mil e 60 mil empregos no setor primário; 1,7 milhão de empregos diretos na indústria e 30 milhões de ocupações indiretas, de acordo com dados da Abrapa.

Da safra deste ano, prevista em 1,8 milhão de toneladas, cerca de 1,1 milhão de toneladas foram vendidas com antecedência e, segundo o presidente da Abrapa, é provável que mais da metade da produção atenda ao mercado interno.

Biodiversidade com acesso livre

O conhecimento produzido no Brasil sobre a sua biodiversidade ganhará mais visibilidade. O motivo é o Portal BHL ScieLO, que disponibiliza com acesso livre milhares de obras, artigos, mapas e documentos históricos sobre a biodiversidade brasileira.



Lançado oficialmente na semana passada dia 1º de dezembro o serviço é parte do projeto “Digitalização e publicação on-line de uma coleção de obras essenciais em biodiversidade das bibliotecas brasileiras”, conduzido pelo programa SciELO, biblioteca eletrônica virtual de revistas científicas mantida pela FAPESP em convênio com o Centro Latino-Americano e do Caribe de Informação em Ciências da Saúde (Bireme).



O projeto conta com a participação do programa Biota-FAPESP, da Biblioteca Virtual do Centro de Documentação e Informação da FAPESP, do Ministério do Meio Ambiente, do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação de Apoio à Universidade Federal de São Paulo.



De acordo com Abel Packer, coordenador operacional do programa SciELO, a BHL SciELO possibilitará o fortalecimento da pesquisa científica em biodiversidade.



“O Brasil tem uma produção científica de destaque nessa área, mas que hoje assume também uma dimensão política e econômica internacional com todas as discussões sobre mudança climática e preservação de espécies”, disse à Agência FAPESP.



Segundo Packer, o novo portal já reúne volume suficiente de arquivos para atender às demandas de pesquisadores e demais interessados. “Contamos até o momento com cerca de 110 mil registros digitalizados: artigos, mapas e obras de referências históricas da biodiversidade brasileira”, explicou.



O portal integrará a rede global The Biodiversity Heritage Library (BHL), consórcio que reúne os maiores museus de história natural e bibliotecas de botânica no mundo, como a Academy of Natural Sciences e o American Museum of Natural History, nos Estados Unidos, e o Natural History Museum, na Inglaterra.



“A Austrália acabou de entrar e, agora, tanto a BHL Brasil como a BHL China farão parte dessa rede mundial que já conta com cerca de 130 mil obras e mais 32 milhões de páginas digitalizadas”, dise Packer.



No Brasil, a rede será composta por instituições como Biblioteca Nacional, Museu Nacional, Jardim Botânico do Rio Janeiro, Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Butantan, Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), Bireme, Fundação Zoobotânica, Instituto de Botânica do Estado de São Paulo, Museu Paraense Emílio Goeldi e a USP.



“O objetivo é seguir o mesmo modelo da SciELO com a modalidade de acesso aberto com múltiplos sistemas de busca e indicadores bibliométricos, que tem propiciado maior visibilidade à produção científica dos países em desenvolvimento, principalmente os localizados na América Latina e Caribe. A ideia da BHL SciELO é que se estenda também para a América Latina”, contou Packer. O portal também traz notícias da Agência FAPESP e da revista Pesquisa FAPESP.



Produção brasileira



Ao levantar dados sobre a produção científica brasileira na área de zoologia, Rogério Meneghini, coordenador científico do Programa SciELO, disse ter ficado surpreso com a posição do Brasil na produção de artigos na área.



Com base no cruzamento de informações da Web of Science, base de dados da empresa Thomson Reuters, foram produzidos no mundo, entre 2007 e 2008, 23.903 artigos em zoologia. “O que mais chama a atenção é que o Brasil fica na quarta posição com 1.762 artigos, perdendo apenas para os Estados Unidos (7.649), Japão (2.233) e Inglaterra (1.762)”, disse.



Meneghini está concluindo a pesquisa “Projeto para avaliação do impacto de programas brasileiros de ciência e tecnologia”, que tem o apoio da FAPESP por meio da modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular.



Outro destaque do estudo é que, entre as instituições globais de pesquisa na área de zoologia, a USP é a primeira da lista, seguida das academias de ciência da Rússia e da China e da Universidade de Kyoto, no Japão. “Existem áreas em que a produção brasileira está competindo em pé de igualdade. Um exemplo é a zoologia”, disse, destacando a Revista Brasileira de Zoologia.



Tiago Duque Estrada, gestor executivo do Biota-FAPESP na Universidade Estadual de Campinas, falou da experiência do Programa e novos desafios na nova fase do programa. Segundo ele, uma das frentes é disponibilizar dados sobre as pesquisas.



“A linha de base do Biota foi a publicação de sete volumes temáticos e da revista Biota Neotropica, do Atlas e também do Sistema de Informação Ambiental (SinBiota), que tiveram a função de mapear e divulgar o que já está disponível para a sociedade, governos e demais pesquisadores”, disse.



Em pouco mais de dez anos, o Biota contabilizou cerca de 113 mil registros, sendo 12 mil de espécies. “Um dos desafios agora é entender como a biodiversidade produz elementos e componentes químicos que podem ser patenteados e associados à cadeia produtiva existente na sociedade, mas ainda precisamos reunir mais dados”, disse ao falar do Biota Prospecta.



Participaram também do lançamento do portal Sueli Mara Ferreira, diretora do Sistema Integrado de Bibliotecas da USP, que falou dos desafios do acesso aberto na universidade, Dora Ann Lange Canhos, do Cria, que contou sobre a experiência da Lista de Espécies da Flora do Brasil, e Tiago Duque Estrada, gestor executivo do Biota-FAPESP na Universidade Estadual de Campinas, que falou das publicações do programa, da revista Biota Neotropica e do Sistema de Informação Ambiental (SinBiota).

Fonte:  Revista Cultivar

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Metas de redução de desmatamento serão cumpridas antes do previsto


O Brasil conseguirá muito antes do previsto cumprir a meta de redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, afirmou nesta segunda-feira (06/12) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Quando nós fomos a Copenhague (na cúpula do Clima) no ano passado e levamos uma proposta de diminuir as emissões de gases do efeito estufa em 39% até 2020 e nos comprometemos de diminuir o desmatamento da Amazônia em 80%, muita gente pensava que era impossível", lembra Lula.

O presidente disse, ainda, em seu programa semanal de rádio, que os índices de desmatamento medidos no último ano demonstram "que o Brasil vai alcançar, muito antes de 2020", a taxa de redução do desmatamento da Amazônia com a qual se comprometeu.

Pelos dados divulgados na semana passada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), as medições feitas pelo satélite nos últimos meses indicam que o ritmo de desmatamento amazônico entre agosto de 2008 e julho de 2009 caiu em 14% com relação aos 12 meses anteriores, quando já tinha reduzido em 45%.

Para o diretor do Instituto, Gilberto Câmara, no período citado a Amazônia brasileira perdeu 6.450 quilômetros quadrados de mata, o que representa "o melhor resultado desde 1998", quando as medições começaram a ser feitas.

Para Lula, o resultado deixa lições. “Não basta proibir o corte e mandar policiais e promotores para multar, já que é necessário dialogar com autoridades locais e com as pessoas que moram na Amazônia”, afirma. Ele acrescentou também que é possível permitir um pequeno desmatamento desde que o mesmo seja feito de forma sustentável.

Os bem-sucedidos números de redução do desmatamento conquistados pelo Brasil serão apresentados durante a fase de alto nível da Conferência do Clima da ONU (COP-16), em Cancun, México, que está ocorrendo nesta semana.

Mês de Novembro Registrou Aumento de 14,9% nas Exportações de Milho


 


O mercado brasileiro de milho comemorou os bons resultados em exportações no mês de novembro. O preço se manteve firme, segundo informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e os embarques aumentaram 14,9% em relação ao mês de outubro.
O  clima também foi alvo da atenção dos especialistas. "A expectativa com o tempo mais seco na região Sul manteve os produtores com menor intenção de venda", explica. No final do mês, a influência de venda de estoques por parte do governo também mereceu destaque. “Porém, o interesse geral foi pequeno, em função da pouca qualidade dos estoques”.A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), negociou um total de 405 mil toneladas ofertadas nos seis leilões, o equivalente a 30,59% da oferta.

Em números de exportações, o produto brasileiro rendeu US$ 401,7 milhões em novembro (20 dias úteis), com média diária de embarques de US$ 20 milhões. Em novembro do ano passado, as exportações totalizaram US$ 174,6 milhões, com média de US$ 8,7 milhões em embarques. A quantidade de milho exportado em novembro de 2010 foi de 1.825,2 mil toneladas, com média diária de 91,3 mil toneladas.

O preço médio obtido pela tonelada de milho em novembro de 2010 foi de US$ 220,1, valor 6,5% maior em comparação com os US$ 206,7 por tonelada registrados no mês anterior, e 37% maior do que os US$ 160,5 por tonelada da média de novembro de 2009. 

domingo, 5 de dezembro de 2010

Reunião do Conselho do FUMAC - Cerro Corá/RN





Nesta segunda feira 06/12/2010, ás 9:00 h, no Plenário do Sindicato dos Trabalhores (as) Rurais de Cerro Corá haverá reunião com os Conselheiros do FUMAC, a mesma foi convocada através do seu atual presidente o Sr. Adevaldo Oliveira com a finalidade de prestar contas e deliberar matérias de interesse das Associações.

Pesquisa da EMPRAPA realiza teste de novas formulações de farinha a base de frutas
















         Encontrar uma formulação de farinha mista de banana e castanha-do-brasil ideal para o consumo de crianças em idade escolar. Com esse objetivo a Embrapa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), realiza os primeiros testes sensoriais com quatro novas formulações do produto. Os objetivos do experimento é desenvolvimento de uma formulação resultante da mistura das farinhas de banana e castanha, para industrialização, visando à sua incorporação no cardápio da merenda escolar. Os testes com as novas formulações envolvem a participação de estudantes de diversas escolas e visam validar a aceitação do produto no mercado. “A combinação que mais agradar passará por outras análises, incluindo as propriedades físico-químicas (granulometria, proteínas, lipídios, amido, açúcares e outras características nutricionais), além de testes com embalagens”,  explica o analista da Embrapa Acre Vlayrton Maciel.
         O  projeto também vem estudando outros aspectos dessas formulações como o tempo de prateleira.
A farinha mista de banana e castanha-do-brasil  foi  desenvolvida pela Embrapa Acre como alternativa para agregar valor a estes produtos e ampliar o seu consumo dentro e fora do Estado.  Os estudos coordenados pela pesquisadora Joana Leite, responsável pela área de tecnologia de alimentos da Unidade, resultaram em uma mistura que reúne o sabor exótico e as propriedades nutritivas de dois produtos regionais, bastante consumidos pela população local e de outros estados. “Até então, utilizamos apenas uma formulação composta por 28% de farinha de banana e 20% de farinha de castanha. A idéia é chegar uma mistura saborosa, de baixo custo e elevado valor nutricional, a partir de produtos abundantes na região, para uso na alimentação infantil”, explica Rejane Neiva.
        
        A busca por alimentos saudáveis coloca cada vez mais os produtos regionais na mesa do consumidor. A banana está entre as frutas mais consumidas no mundo, tanto pelo sabor que agrada aos paladares mais exigentes, seja in natura ou em pratos variados, como pelas propriedades nutricionais que apresenta.  Fonte de vitaminas e potássio, seu consumo regular proporciona benefícios à saúde humana, ajudando a prevenir doenças. No caso da castanha, produto tipicamente regional, a amêndoa é rica em vitaminas, proteínas, lipídios, gorduras, carboidratos, fibras, magnésio, potássio e selênio - mineral que ajuda no combate aos radicais livres. Em quantidades adequadas, pode ajudar no combate à desnutrição infantil e na prevenção de doenças do coração e de alguns tipos de câncer.
       
A farinha mista pode ser utilizada no preparo de alimentos como mingau, bolos, biscoitos e pães.  

Contag faz avaliação dos seis anos do Plano Nacional de Biodiesel


A evolução da agricultura familiar no Plano Nacional de Biodiesel foi um dos temas de destaque no 4º Fórum de Debates do Blog brasilianas.org, do jornalista Luis Nassif, em São Paulo. Na ocasião, representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Embrapa Biodiesel apresentaram dados que mostram o avanço do programa e a inclusão da agricultura familiar. Atualmente, 109 mil famílias estão envolvidas nesta atividade e a expectativa do governo é que esse número salte para 570 mil famílias até 2020.
Os dados também indicam que 20% da matéria-prima para fabricação de biodiesel no Brasil vêm da agricultura familiar. Porém, apesar do avanço, o secretário de Política Agrícola da Contag, Antoninho Rovaris, alerta para outros pontos que devem ser fortalecidos. “Existe uma evolução bastante interessante com relação à gordura animal e ao algodão, que há três anos era pouco usado. Porém é preciso aumentar a participação de outras oleaginosas para aumentar essa cesta de ofertas”.
O dirigente também chama a atenção para a necessidade de se aprimorar alguns aspectos do plano. “Hoje, temos uma assistência técnica melhor, porém, ainda falta o insumo fundamental dentro desse processo que é uma política pública de recuperação de solo e de sementes certificadas para aumentar o volume de outras oleaginosas”, afirma Rovaris.
O sindicalista comenta, ainda, a proposta de alteração da porcentagem de biodiesel no diesel apresentada pelas indústrias. “Nós só admitiríamos algum tipo de aumento que garanta a diversificação da cadeia. As indústrias estão com esse pleito em função da capacidade instalada e o aumento de 3 para 5% já foi para atender a necessidade delas indústrias e não da agricultura familiar”, sustenta.
O objetivo inicial do Plano Nacional de Biodiesel era expandir a produção, incentivar a diversificação de cultivares e promover inclusão social a partir da agricultura familiar. Porém, passados seis anos, a diversificação de cultivares ainda é pequena. A soja continua sendo o carro-chefe, que atende 81% da demanda, seguida da gordura animal, com 15,6%, e o algodão, com apenas 3,6%. A Embrapa Biodiesel também revela que o país produz atualmente 2,3 bilhões de litros de biodiesel por ano.