sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Governo discute investimento em agricultura e recursos hídricos com o Banco Mundial



Uma reunião com representantes do Banco Mundial trouxe novidades para a agricultura e os recursos hídricos no Rio Grande do Norte. O encontro entre a governadora Rosalba Ciarlini e o coordenador do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial, Manoel Contijoch, que aconteceu na manhã desta sexta-feira (25), na Governadoria, tratou sobre parcerias para a gestão de projetos que envolvem o desenvolvimento da agricultura familiar, através da irrigação, e a ampliação na oferta de água aos municípios potiguares.

“Primeiro vamos fazer um trabalho técnico com as melhores informações, os melhores modelos, para apresentar a vocês e buscar parceria das universidades, Emater, Embrapa e ver o que pode ser feito para a agricultura avançar”, observou Manoel Contijoch. A governadora Rosalba Ciarlini se mostrou otimista e disse que já está tomando as medidas necessárias para expandir projetos e iniciar outras parcerias. “Há obras que estavam paradas, mas que vão ser retomadas, como a da Barragem de Oiticica”, observou a governadora.

Ao lado do vice-governador Robinson Faria, que também é titular da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – Semarh –, Rosalba falou, ainda, que a agricultura vai precisar muito de parcerias. Oportunidade em que o secretário de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca – Sape, Betinho Rosado, também presente à reunião, aproveitou para falar sobre o entendimento necessário entre sua pasta e a Semarh para reativar investimentos em projetos de irrigação para agricultores familiares, como o de Cruzeta, região Seridó do Estado.

Betinho pediu auxílio ao Banco Mundial para criar projetos de irrigação para pequenos e grandes produtores. Manoel Contijoch disse que fez recentemente uma visita à Bacia do Rio Piranhas/Assu e ao perímetro de Cruzeta, que estão entre as áreas selecionadas para experimentar e fazer testes em relação a esse trabalho. “O Brasil tem uma agroindústria muito criativa. Se agregarmos essa agroindústria ao pequeno produtor, teremos sucesso”, observou o coordenador do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial.

A reunião contou também com a presença do secretário adjunto da Semarh, Jader Torres; dos secretários de Estado do Desenvolvimento Econômico, Benito Gama; e do Planejamento, Obery Rodrigues; secretário chefe do Gabinete Civil, Paulo de Tarso Fernandes; diretor da Caern, Walter Gasi; diretor do Instituto de Gestão das Águas do Estado do Rio Grande do Norte – Igarn, Elias Teixeira; analista do Programa Semiárido Potiguar no Banco Mundial, Paula Freitas; do senador José Agripino; e da coordenadora do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Semiárido Potiguar – PSP, Ieda Cortez.


TRABALHO CONJUNTO
Durante a reunião, foi reforçada a parceria entre a Companhia de Águas e Esgotos do RN – Caern e a Semarh. Para o diretor da Caern, Walter Gasi, é preciso haver uma parceria maior entre a Companhia e a Semarh para que seja possível desenvolver bons projetos.

Com o trabalho voltado para o plano de controle de barragens e o saneamento em pequenas comunidades, Walter Gasi falou sobre a possibilidade de fazer a gestão dos recursos hídricos do Estado por bacia hidrográfica para ter uma maior integração com a Semarh. “Essa integração está começando agora, antes não existia”, disse Walter Gasi. O vice-governador e secretário da Semarh, Robinson Faria, se mostrou aberto ao trabalho em conjunto. “Podemos estabelecer novas metas para a expansão dessa parceria, só precisamos estabelecer o que é prioridade”, observou durante a reunião.

Segundo informações da Caern, existem mais de 745 mil usuários de água cadastrados no Rio Grande do Norte, mas, desses, apenas cerca de 600 mil estão ativos. Esse número reflete diretamente no consumo e desperdício de água no Estado. Para contornar a situação, a Companhia iniciou a elaboração de um projeto para diminuir em 25% o desperdício de água, o que reflete na troca dos hidrômetros – aparelhos que medem o consumo de água nos imóveis. De acordo com Walter Gasi, o Banco Mundial está financiando 20 mil hidrômetros com o objetivo de auxiliar a Caern nessa economia.

Para facilitar o trabalho, o representante do Banco Mundial, Manoel Contijoch, sugeriu a criação de um plano de gestão. Assim, é possível coordenar os projetos conjuntos, incluindo a ampliação no acesso à água com a duplicação da Adutora Monsenhor Expedito, por exemplo.


Embrapa indica cultivares de algodão para a próxima safra

A colheita do algodão começa entre março e maio no Brasil em meio a um cenário internacional bastante favorável. Com a forte demanda pelo produto, principalmente na China, e a redução da oferta em função de problemas climáticos em vários países, o preço do algodão avançou 171% nos últimos 12 meses. A maior parte da produção brasileira deve entrar no mercado em agosto, mas cerca de 60% da atual safra já foi vendida antes da colheita.
Para a safra 2011/12, que começa a ser plantada a partir de outubro, duas cultivares desenvolvidas pela Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) e comercializadas pela Embrapa Transferência de Tecnologia (Brasília – DF) já estão à disposição dos produtores. São a BRS 187, de coloração branca, e a BRS Topázio, de tonalidade marrom claro.
Indicada para a Região Nordeste, a BRS 187 apresenta alta produtividade e boa tolerância à seca, com rendimento médio de 2 mil kg/ha em sequeiro, podendo chegar ao dobro disso sob condições irrigadas. Possui ciclo médio (140 dias) e resistência à virose, tolerância a bacteriose e stemphylium e sensibilidade à ramulária.
O plantio dessa cultivar é indicado para regiões com pluviosidade acima de 600mm, em culturas puras ou consorciadas. As pragas devem ser controladas com uso racional de inseticidas associados a práticas culturais, como arranquio e queima dos restos culturais e plantio uniforme por região. Além disso, é precisorealizar capinas até os 65 a 70 dias da cultura em campo. A adubação deve ser feita com base nos resultados das análises de solo.
Já a BRS Topázio apresenta uma fibra de coloração uniforme, macia e resistente. Sua tonalidade marrom claro atende a demanda das pequenas indústrias que trabalham com algodão colorido, já que maioria das cultivares existentes, com exceção da BRS Verde, são de tonalidade marrom escura.
A BRS Topázio tem ainda a vantagem de possuir alto rendimento de fibra, 43.5% em média, em ensaios conduzidos no Nordeste. Possui ainda ótimas características de fibra, superando as cultivares coloridas existentes até o momento, como a BRS Safira, e equiparando-se à cultivar BRS Araripe, de fibra branca, além de possuir rendimento de algodão em caroço superior às duas cultivares.
Como a BRS Topázio possui maior percentagem de fibra e maior rendimento de algodão em caroço, também possui maior rendimento de fibra por hectare em relação às demais cultivares. Seu cultivo é indicado preferencialmente para a Região Nordeste.
Mais informações:

Embrapa Algodão
Rua Osvaldo Cruz, 1.143 – Bairro Centenário
Caixa Postal 174
58428-095 - Campina Grande – PB
Fone: (83) 3315-4300 begin_of_the_skype_highlighting              (83) 3315-4300      end_of_the_skype_highlighting – Fax: (83) 3315-4367

Embrapa Transferência de Tecnologia – Sede
Parque Estação Biológica – PqEb
Av. W3 Norte (final), Ed. Sede, Térreo
CEP – 70770-901 – Brasília, DF
Telefone: (61) 3448-4522 begin_of_the_skype_highlighting              (61) 3448-4522      end_of_the_skype_highlighting; Fax: (61) 3448-4511

Informações sobre aquisição de sementes:

Escritório de Negócios da Embrapa Transferência de Tecnologia em Campina Grande
Rua Osvaldo Cruz, 1.143, Centenário
Caixa Postal 174
CEP – 58.107-720 – Campina Grande (PB)
Fone: (83) 3341-2314 begin_of_the_skype_highlighting              (83) 3341-2314      end_of_the_skype_highlighting

Benefício rural deve pesar mais na Previdência em 2012

Os pagamentos de benefícios previdenciários ao setor rural deverão pesar ainda mais nas contas da Previdência Social a partir de 2012, segundo o secretário de Políticas de Previdência Social, Leonardo Rolim. Isso porque a maioria dos trabalhadores do campo recebe um salário mínimo, que tem sido reajustado acima da inflação. Os trabalhadores da área urbana têm conseguido correção baseada no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Este ano, o reajuste defendido para o mínimo pelo governo, para R$ 545,00, é resultado apenas do aumento da inflação do ano passado porque o cálculo também leva em conta a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que ficou estável em 2009. Para 2012, no entanto, a expectativa é de expansão da atividade econômica doméstica e o mínimo deve ser reajustado novamente acima da inflação. "A área rural dentro da previdência deve pagar mais a partir de 2012", comentou o secretário. "O salário mínimo deverá ser muito mais representativo no próximo ano", acrescentou.

Este segmento tem sido a pedra no sapato da previdência porque tem levado a conta a ficar no vermelho. Para se ter uma ideia, o saldo do Regime Geral da Previdência no primeiro mês do ano ficou negativo em cerca de R$ 3 bilhões, excluindo-se as renúncias. Em janeiro, a área urbana conseguiu fechar as contas ao apresentar um superávit de R$ 1,046 bilhão. Já a área rural apresentou déficit de R$ 4,068 bilhões em função de as despesas (R$ 4,442 bilhões) serem bem maiores do que as receitas (R$ 374 milhões).
Fonte: Revista Globo Rural

Câmara aprova MP que destina R$ 210 mi a agricultores do Semiárido

O Plenário aprovou nesta quinta-feira (24/02), em votação simbólica, a Medida Provisória 506/10, que abre crédito extraordinário de R$ 210 milhões para o Ministério do Desenvolvimento Agrário pagar o benefício da garantia-safra a cerca de 595 mil agricultores familiares do Semiárido.

Com a medida, o governo espera beneficiar agricultores que sofreram perdas na safra 2009/2010 por causa de estiagem ou excesso de chuvas, garantindo, assim, renda mínima para essa população.

A MP foi relatada pelo deputado José Guimarães (PT-CE) e segue para o Senado. Confira a íntegra da proposta clicando aqui.
Fonte: Revista Globo Rural

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

SEMARH indica Bacia Piranhas Açu para ser estudada pelo Banco Mundial‏





Os projetos hídricos do Nordeste do Brasil estão sendo avaliados pelo Banco Mundial como possíveis alvos de estudo para os próximos dezoito meses em relação às variações climáticas. No Rio Grande do Norte, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH) recebeu nesta terça-feira (22) a comissão do banco e apresentou a Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu como projeto hídrico que poderá ser piloto para estudo de mudanças climáticas em situações extremas.

A Bacia Hidrográfica Piranhas-Açu é localizada nos estados do Rio Grande do Norte e da Paraíba, com divisão em seis trechos e possui 43 mil quilômetros de extensão e 47 reservatórios. A Bacia foi indicada pela SEMARH pela diversidade em situações de seca e enchentes e mudanças econômicas e sociais no abastecimento dos estados, além de ser uma das vias da transposição do Rio São Francisco.

A apresentação técnica do projeto foi feita pela coordenadora de Gestão de Recursos Hídricos, Joana D`arc Freire que explicou os detalhes da Bacia, como a segurança hídrica. “Os eventos extremos como seca e enchentes na região da Bacia são os pontos mais importantes de discussão: temos que garantir o abastecimento de água para consumo humano e ao mesmo tempo, evitar que os períodos chuvosos criem situações de enchentes, prejudicando o setor econômico do Estado”, explica.

De acordo com a coordenadora, as situações extremas de secas ocorrem mais na região Seridó do Estado e as enchentes, no Vale do Açu, afetando a produção da fruticultura irrigada, uma das principais atividades econômicas do Estado.

Durante a reunião, o secretário-adjunto, Jader Torres destacou a melhoria na estrutura da Bacia Piranhas Açu com as obras complementares como a Barragem de Oiticica, assegurada pela presidenta do Brasil, Dilma Rousseff como prioridade.  

Os representantes do Banco Mundial questionaram a demanda de investimentos na Bacia e informações técnicas como hidrologia, previsões climáticas e gestão dos recursos hídricos para os estados. O especialista em recursos hídricos do Banco Mundial, Erwin De Nys, solicitou ainda um modelo de custos e benefícios para a região e disse que a Bacia Piranhas-Açu atende as demandas necessárias ao estudo.

A equipe do Banco Mundial vai conhecer na quarta-feira (23) a estrutura da Bacia Piranhas-Açu no território potiguar. Se escolhido, o projeto piloto será executado pelos pesquisadores do banco até o final de 2012 e servirá de base para novos projetos hídricos em todo o mundo.  O benefício para o estado será contar com as informações para nortear as políticas públicas voltadas ao desenvolvimento de recursos hídricos.


INFORMAÇÕES À IMPRENSA:

Assessoria de Imprensa SEMARH

Presidenta deixa Minha Casa Minha Vida, Copa e PAC II fora dos cortes do Governo

 
 
 
Por Assecom RN
Apesar do recente corte no orçamento anunciado pelo Governo Federal, a presidenta Dilma Rousseff enfatizou a importância da manutenção de investimentos em algumas áreas. Segundo ela, o Programa de Aceleração do Crescimento II (PAC II), especialmente na parte de social e urbana, o Minha Casa Minha Vida e os preparativos para receber a Copa do Mundo em 2014, dentre outros classificados como "estratégicos", não serão afetados pelo corte de R$ 50 bilhões no orçamento da União.

"O crescimento do Nordeste neste último período se deu, sobretudo, porque criamos um mercado interno pujante", apontou a presidenta Dilma Rousseff, durante a primeira reunião com governadores do Nordeste, na manhã desta segunda-feira (21), em Aracaju (SE).

A presidenta também apontou um horizonte que consolida a manutenção de investimentos já em andamento, entre eles grande parte das obras do PAC; o apoio aos investimentos privados na região; investimentos estruturantes, como a distribuição de água; além de medidas para a reestruturação do Ministério da Integração Nacional, com uma secretaria específica para a questão dos recursos hídricos e a concentração de investimentos no semiárido.

"Nós também vamos fazer com que o Banco do Nordeste funcione como o ‘braço' de financiamento da Sudene, apoiando os arranjos produtivos locais. Vamos fazer todo o esforço para eliminar as situações de miséria, promovendo ações de inclusão e cidadania", anunciou, ao contextualizar que o ano de 2012, segundo estimativas, é o ano que vai marcar a recuperação da economia de maneira mais acentuada.

Petrobras recebe licença para fábrica de fertilizantes

Produção de uréia na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados, em Sergipe

A Petrobras recebeu nesta terça-feira (22/02), a Licença de Instalação (LI) da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III), que será construída na cidade de Três Lagoas, MS. A LI foi concedida pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e ratifica a viabilidade ambiental do empreendimento, autorizando a instalação do mesmo.

A UFN III entrará em operação comercial no segundo semestre de 2014 com capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas de ureia e 761 mil toneladas de amônia por ano, sendo que, desta última, 680 mil toneladas serão utilizadas no processo produtivo da ureia e 81 mil toneladas serão comercializadas.

Segundo informações da companhia, a fábrica em Três Lagoas pretende ser a maior unidade de fertilizantes nitrogenados da América Latina e dobrará a produção nacional de ureia. Com a iniciativa, a Petrobras diz que irá contribuir para redução das importações desse insumo essencial à produção agrícola. Atualmente, o Brasil importa 67% da ureia que consome.
Investimentos

A companhia já possui duas fábricas de fertilizantes nitrogenados localizadas nos municípios de Laranjeiras, SE, e Camaçari, BA, que produziram, juntas, 223 mil toneladas de amônia e 758 mil toneladas de ureia em 2010, ano em que o país produziu 1,2 milhão de toneladas de ureia e importou 2,5 milhões de toneladas, uma vez que a demanda interna total por ureia foi de 3,8 milhões de toneladas.

Além da UFN III, em Três Lagoas, a empresa está desenvolvendo três outros projetos nesse segmento: o Complexo Gás-Químico (UFN IV), em Linhares (ES), com capacidade de produção comercializável de 665 mil toneladas/ano de ureia e 684 mil toneladas por ano de metanol, além de outros derivados; a UFN V, em Uberaba (MG), com capacidade de produção de 519 mil toneladas por ano de amônia; e uma planta para produção de sulfato de amônio que será instalada na fábrica de fertilizantes de Sergipe.

Com a entrada em operação das UFNs III, IV e V, pretende adicionar ao parque produtivo nacional uma capacidade de 600 mil toneladas por ano de amônia e 1,8 milhão de toneladas por ano de ureia. Somando-se à capacidade de produção das fábricas de fertilizantes da Bahia e de Sergipe, a capacidade total será de 2,9 milhões de toneladas por ano de ureia (71% do consumo nacional de ureia) e 782 mil toneladas por ano de amônia (100% do consumo nacional de amônia).

A obra, que terá início em setembro deste ano, deve gerar cerca de 5 mil postos de trabalho, e será instalada no Distrito Industrial Córrego da Moeda em área cercada por um cinturão verde que será plantado pela Petrobras.
Fonte: Revista Globo Rural

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Consumo de lácteos no Brasil cresce 60% em 30 anos



Nos últimos 30 anos, o consumo per capita de leite e derivados no Brasil teve um aumento de 60%. Enquanto em 1980 o brasileiro ingeriu em média 100 litros de leite e derivados por ano, em 2010 este consumo aumentou para 161 litros. De acordo com estudo realizado pela Associação Leite Brasil, somente no ano passado, o crescimento foi de cerca de 4,4% em relação a 2009.

Segundo a Leite Brasil, este acréscimo pode ser atribuído ao crescimento populacional, assim como a melhoria na renda, trazida pelo reajuste do salário mínimo acima da inflação. Além disso, a diversificação na produção de derivados, o aumento na produção interna - que representa 97% do mercado local – e a melhoria na qualidade da produção primária de leite impulsionaram este avanço.

Apesar do cenário, os consumidores brasileiros ainda consomem pouco leite, comparativamente aos maiores consumidores mundiais. De acordo com o ranking da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), o Brasil ocupa o 65° lugar, que é liderado pela Finlândia e Suécia.

De acordo com Jorge Rubez, presidente da Leite Brasil, ainda há mercado para crescer e a ausência de políticas específicas e engajamento do setor dificultam o desenvolvimento e o estímulo ao consumo. “Considerando a recomendação do Ministério da Saúde, de três porções de lácteos diárias, ou seja, 200 litros ao ano, a média do brasileiro ainda tem um déficit de 25%”, explica.
Fonte: Revista Globo Rural

Preços de alimentos no Brasil podem voltar a subir, segundo FGV

O atual cenário de deflação nos preços dos alimentos (-0,07%) na segunda prévia do Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) de fevereiro não deve durar muito tempo, na avaliação do coordenador de Análises Econômicas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Salomão Quadros. Ele disse que, no curto prazo, os preços dos alimentos devem continuar a desacelerar e até mesmo a cair, mas podem voltar a subir em dois meses.

Quadros explicou que, atualmente, os preços dos alimentos no varejo estão caindo, beneficiados pela forte desaceleração da inflação dos alimentos in natura, sendo que alguns já mostram queda de preços. Ele lembrou que este tipo de produto costuma apresentar elevações de preços fortíssimas em janeiro, devido à redução de oferta causada por problemas climáticos - e este ano não foi diferente. Mas, nos meses seguintes, ocorre uma regularização da oferta, o que leva a quedas e desacelerações de preços no setor. Na prática, quando a oferta se ajustar no mercado doméstico, o cenário de inflação baixa ou de deflação nos in natura vai terminar.

Além disso, Quadros lembrou que o preço da carne ainda está em queda no varejo, o que deve ajudar a manter em baixa os preços dos alimentos, no curto prazo. Mas os preços das carnes não vão continuar caindo de preço por muito tempo. Ele lembrou que os preços de bovinos no atacado não estão mais caindo (de -1,67% para 0,07%), da segunda prévia de janeiro para igual prévia do IGP-M em fevereiro.

Para justificar uma possível nova elevação nos preços dos alimentos em um horizonte mais longo, o especialista da fundação lembrou que as condições que provocaram fortes elevações de preços nas commodities agrícolas no mercado doméstico brasileiro ainda persistem. A demanda por matérias-primas agropecuárias continua forte no cenário internacional e não dá sinais de arrefecer.

“Ou seja, o movimento atualmente é de trégua, de desaceleração nos preços dos alimentos; mas os preços das commodities ainda estão sujeitos a novas ondas de acelerações de preços ao longo do ano", disse, acrescentando que isso pode ajudar a elevar a inflação dos alimentos em um horizonte de médio e longo prazo.
Fonte: Revista Globo Rural

MDA capacita técnicos de 57 entidades de Assistência Técnica pública

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) por meio da Secretária da Agricultura Familiar (SAF) capacitou na última semana, em Brasília (DF), técnicos de 57 entidades classificadas no processo de seleção das chamadas públicas de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), além de servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). No total, 130 pessoas foram treinadas sobre o Sistema de Ater Pública (Siater) e noções básicas de gestão de contratos.
Desde o início da implantação da Lei de Ater em 2010 já foram publicadas 156 chamadas públicas para o atendimento de agricultores familiares, mulheres, indígenas e quilombolas. Foram selecionadas cerca de 260 propostas e formalizados 253 contratos com 72 entidades até o momento. Do valor total disponibilizado de R$ 270 milhões, foram contratados R$ 164 milhões. A estimativa é atender, aproximadamente, 289 mil famílias de agricultores.
Conforme previsto nas chamadas públicas de Ater, caberá a estes técnicos prestar serviços de assistência técnica a agricultores familiares, mulheres agricultoras, quilombolas e indígenas dos Territórios da Cidadania, que participam do Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
A partir de agora, os servidores da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF) e da Diretoria de Políticas para as Mulheres Rurais e Quilombolas (DPMRQ) do MDA, também capacitados no evento, ficam responsáveis pelo acompanhamento d os contratos firmados entre o MDA e as entidades de Ater selecionadas.
Durante o treinamento, os participantes conheceram a Lei de Ater nº 12.188/2010, que institui a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PNATER) e a Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária (Pronater) e define os princípios e os objetivos dos serviços de ATER. Também foi apresentada a Lei n.º 8.666/93, que trata de contratos e convênios. Houve, ainda, um treinamento sobre a execução do sistema Siater.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Rosalba recebe diretor do MDA e faz entrega de carros para SEARA

Por Assecom RN
Para trabalhar nas ações voltadas para regularização fundiária do estado, a governadora Rosalba Ciarlini recebeu na manhã desta quinta-feira, 17, o Diretor Nacional de Reordenamento Agrário do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Adhemar Lopes de Almeida. O Programa de Cadastro de Terras e Regularização Fundiária viabiliza aos agricultores familiares a permanência na terra, por meio da segurança jurídica da posse do imóvel, e permite o conhecimento da situação fundiária.

De acordo com Adhemar, as ações desenvolvidas no Rio Grande do Norte serão muito importantes para o planejamento e implantação de políticas públicas, como o crédito rural e a assistência técnica. "Com esse mapa fundiário, nós poderemos saber quais são as dimensões das terras, quem são os proprietários e até o que está sendo produzido", disse o diretor.

Para viabilizar o trabalho de mapeamento a ser executado na parceria entre MDA e a SEARA, uma entrega de sete novos veículos foi feita na ocasião do encontro. De acordo com o secretário de Estado dos Assuntos Fundiários e Apoio à Reforma Agrária, Gilberto Jales, os automóveis serão instrumentos de trabalho indispensáveis para novas ações. "O simbolismo dessa entrega marca os recursos públicos, sempre tão difíceis, sendo utilizados em prol das comunidades rurais. É um material que recebemos para essa atividade e que viabiliza muitos outros trabalhos na SEARA", disse Gilberto Jales.

Adhemar de Almeida destacou que há muitos projetos desenvolvidos pelo Ministério para o Rio Grande do Norte. "Os projetos são articulados com as condições ambientais de cada região. Temos muito tecnologia voltada para o semi-árido", disse. O diretor também salientou a importância de incrementar o projeto Arca da Leitura, que promove o acesso à leitura por meio da implantação de bibliotecas nas comunidades rurais. "Inclusive aqui no Rio Grande do Norte as arcas são produzidas pelos apenados da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio", disse Adhemar.

O arrendamento das terras para a produção de energia eólica também foi motivo de interesse da reunião. De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca, Betinho Rosado, os pequenos donos de terra deveriam receber royalties, a exemplo do que já acontece com o petróleo. "Os royalties do petróleo foram uma iniciativa do Rio Grande do Norte, podemos tentar isso também com a energia eólica", disse Betinho. Segundo ele, o estado tem hoje capacidade para gerar 150 mil megawatts através de turbinas eólicas.

Em breve discurso, a governadora pediu união de agricultores, bancos, associações e órgãos do governo para o desenvolvimento do setor agrário do Rio Grande do Norte. "Temos que sair da mesmice, do estigma do agricultor pobrezinho que espera a chuva cair para poder plantar feijão, temos que aprender a conviver com a seca", disse Rosalba sobre novas tecnologias de agricultura para o semiárido.
 

Vinho de umbu é alternativa para produtores do Semiárido

Bebida pode potencializar ganhos de agricultores familiares


Um novo produto vai agregar mais valor à produção nacional de umbu: o vinho. A fruta é encontrada principalmente no Semiárido da Bahia, mas sabendo-se que no RN existe muitos umbuzeiros e principalmente na região Seridó do estado e que geralmente o aproveitamento ainda é bastante pequeno e aliada a nova alternativa irá agregar valor ao fruto do umbuzeiro.

Atualmente, grande parte do umbu é comercializada in natura ou como polpa, com pequena parcela destinada à fabricação de doces e geléias. De acordo com o engenheiro de alimentos Breno de Paulo, que está desenvolvendo a pesquisa na Universidade Federal da Bahia (Ufba), com apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroindústria de Alimentos, o objetivo é dar mais opção de agregação de valor ao fruto.

Na região semiárida brasileira já existe a Cooperativa Agropecuária Familiar de Canudos, Uauá e Curaçá (Coopercuc), em Uauá, BA, que reúne cerca de 140 produtores e comercializa produtos da Caatinga inclusive para o exterior, liderados pelo umbu. O vinho fermentado da fruta seria mais uma opção para comercialização na região.

Todos os testes com o produto já foram realizados na unidade do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), em Vassouras, RJ. Para melhorar ainda mais o vinho, Breno de Paulo disse que são necessários apenas ajustes finos. “O produto em si já está desenvolvido”, diz o pesquisador.
 Técnica de produção

O método de fabricação do vinho de umbu não é muito diferente da produção do vinho convencional. “A única coisa que difere um pouco é o tratamento final, que é a microfiltração, para deixar o vinho mais límpido e eliminar um pouco a turbidez”, afirma de Paulo.

Segundo ele, com apenas um quilo de umbu dá para fabricar três ou quatro litros do vinho, que pode ser vendido ao preço médio de R$ 8 a R$ 10 a garrafa. “Então, com um quilo de umbu o rendimento seria de R$ 30 a R$ 40. Para ter esse rendimento vendendo o fruto, teria que vender 8 sacas de 60 quilos. A lucratividade é bem maior”, contou.

Apenas 1% do umbu produzido na Bahia é comercializado ou industrializado. Os restantes 99% se perdem. “Tem um potencial para crescer industrialmente muito grande. Falta investimento."

Com a finalização da pesquisa, o próximo passo será a elaboração de estudos mais detalhados sobre a viabilidade econômica do novo produto, para dimensionar o retorno do investimento a ser feito. A parceria da Ufba com o Senai, a Embrapa Agroindústria de Alimentos e as cooperativas locais também deverá ser reforçada, com o objetivo de desenvolver novos produtos a partir do umbu.

Fonte: Globo Rural e do Blog

Embrapa lança cartilhas com informações sobre cultivo de açaí e caju





Não foram só os brasileiros que se renderam ao sabor exótico do açaí. Apreciado também por seu valor nutricional, o fruto da Amazônia tem conquistado espaço tanto no mercado nacional quanto no internacional.

Por esse motivo, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) incluiu o fruto em sua lista de cartilhas denominadas Árvores do Conhecimento. Cada publicação contém informações sobre um produto diferente, que vão desde artigos científicos até o cultivo.

Outro fruto de recente destaque no mercado que também acaba de ganhar uma cartilha é o caju.

De acordo com o editor técnico da publicação, o pesquisador José Jaime Cavalcanti, a cultura do fruto tem apresentado constante crescimento anual e, por ser uma espécie com bom potencial econômico, diversos segmentos (do pequeno ao grande produtor, além de associações, cooperativas e escritórios de assistência técnica e extensão rural) serão beneficiados com os dados disponíveis na nova cartilha.

A construção do projeto contou com uma equipe de cerca de trinta profissionais, entre pesquisadores e pessoal de apoio, durante três anos de trabalho.

Para saber mais, acesse o site da Embrapa: www.embrapa.br/agencia
Fonte: Revista Globo Rural

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Deputado participará da revisão da Convenção da ONU de Combate à Desertificação

Entre os dias 21 e 25 de fevereiro será realizada, na cidade de Bonn, na Alemanha, a 9ª reunião do Comitê de Revisão da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (CRIC). O deputado Fernando Mineiro foi convidado a integrar a equipe brasileira que participará do evento, na qualidade de Ponto Focal Parlamentar de Combate à Desertificação no Estado do RN. 
Durante os últimos anos, Mineiro vem trabalhando pela implantação de políticas de combate à desertificação no Estado, sendo autor do projeto de lei que institui a Política Estadual de Combate à Desertificação no RN.
A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação foi elaborada em 2006 e conta com a participação do Brasil, que assumiu o compromisso de trabalhar pelo combate a esse fenômeno climático. O país já conta com seu próprio plano nacional para tratar do tema, o PAN Brasil.
No Rio Grande do Norte, também foi elaborado um programa específico para tratar do combate à desertificação e seca no Estado, o PAE RN.

Incra reconhece comunidade de Parelhas como terra quilombola

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária - Incra reconheceu a comunidade de Boa Vista dos Negros, localizada no município de Parelhas, como terra remanescente de quilombos. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira, 17.
A partir do reconhecimento, Boa Vista dos Negros poderá ter acesso à crédito, no caso da agricultura familiar. Também será possível a instalação de escolas, posto de saúde, entre outros benefícios na comunidade.
O deputado Fernando Mineiro tem como um dos temas de seu mandato a questão dos direitos dos negros e moradores das terras remanescentes de quilombos. É de sua autoria a lei nº 9.014, que reconhece a propriedade das terras quilombolas no Rio Grande do Norte. 
"O reconhecimento de Boa Vista dos Negros como terra remanescente de quilombos é um pequeno pagamento da dívida que a sociedade tem para com a comunidade negra", declarou Mineiro.

Fonte: Assessoria do Mandato de Fernando Mineiro

Miséria campeia nos assentamentos

A desapropriação de terras visa transformar em produtivas propriedades rurais inutilizadas, principalmente latifúndios, e, ao mesmo tempo, diminuir a concentração de terra. Contudo, pela ineficiência de políticas públicas e muitas vezes falta de interesse dos próprios agricultores, esse objetivo acaba desvirtuado e os lotes redistribuídos tão improdutivos quanto os antigos latifúndios. A renda e a produtividade, principalmente no Nordeste, ainda deixa a desejar, como demostram dados do Ministério do Desenvolvimento Agrário e o cotidiano dos trabalhadores rurais.
fotos: alex régisCriado em 1998, o assentamento Lagoa Nova, no município de Riachuelo, enfrenta os mesmos dramas de outras experiências de reforma agrária implantadas pelo Incra no Rio Grande do NorteCriado em 1998, o assentamento Lagoa Nova, no município de Riachuelo, enfrenta os mesmos dramas de outras experiências de reforma agrária implantadas pelo Incra no Rio Grande do Norte
Segundo o MDA, 38% das 924 mil famílias instaladas em assentamentos rurais não conseguem obter com o seu trabalho sequer um salário mínimo por mês. Desse total de famílias, 95% estão concentradas nas regiões Norte e Nordeste e ao mesmo tempo no Sul e no Sudeste 73% desses trabalhadores ganham mais de dois salários mínimos e 29% ultrapassam cinco salários por mês. Essa é a parte numérica e fria da questão. Nas veredas estreitas dos assentamentos, é possível verificar trabalhadores desanimados e sem perspectiva de melhoria nos lotes conseguidos através da reforma agrária, apesar dos reconhecidos avanços dos últimos oito anos.

Há problemas operacionais, ligados às políticas públicas implementadas e à gestão comunitária dos assentamentos, e também desvios, por parte dos próprios assentados, dos princípios preconizados pelo Governo. A questão da assistência técnica é o principal gargalo, citado por todas as partes envolvidas, desde agricultores falidos até o Incra, responsável pela política. Sem acompanhamento de técnicos especializados, os agricultores colecionam prejuízos com perda de safra e de animais e são empurrados, muitas vezes sem volta para o endividamento.

O assentamento Lagoa Nova foi criado em 1998, no município de Riachuelo, numa proposta que prometia ser modelo. Ao invés de disponibilizar somente a terra virgem aos colonos, o Incra adquiriu também maquinário e gado, mais de três mil cabeças à época. Havia uma unidade de beneficiamento de leite, de fabricação de cachaça, uma casa de farinha e uma fábrica de ração. Quase 13 anos depois somente a unidade de beneficiamento de leite sobrevive à desestruturação. Apenas 80 das 300 famílias fornecem leite para a fabricação do leite pasteurizado e a cooperativa precisa comprar de fora para conseguir dar conta de toda a demanda. Como se vê, mais da metade do assentamento simplesmente não consegue produzir.

Francisco Inácio, um dos diretores da Cooperativa de Trabalhadores do Assentamento Lagoa Nova, afirma que a desestruturação foi proporcionada pela falta de assistência técnica, brigas entre os cooperados, desinteresse dos próprios agricultores e uso indevido do dinheiro do financiamento. Os assentados têm direito a várias linhas de crédito e benefícios para conseguirem permanecer na terra. Segundo Francisco Inácio, alguns colonos utilizaram o dinheiro para outros fins, que não investir na produção. “Hoje ninguém aqui tem acesso a crédito porque não pagamos o empréstimo”, diz, acrescentando que muitos não pagaram “porque não quiseram”. “A compra foi coletiva ou pagam todos ou todos ficam devendo. Infelizmente, uns pagam pelos erros dos outros”, complementa.

Um caso é de José Pereira, um dos primeiros assentados de Lagoa Nova. Ele é apontado pelos líderes do assentamento como um dos agricultores que conseguiu prosperar. José Pereira possui cerca de 50 cabeças de gado, um número superior à média dos assentados em Lagoa Nova. “Não temos acompanhamento aqui e eu produzo praticamente sozinho. Agora, quem quer trabalhar, consegue alguma coisa. Se houvesse incentivo do Governo e união dos assentados, conseguiríamos mais”, diz José Pereira. A família do agricultor, que tem cinco pessoas, sobrevive com uma renda de um salário mínimo, em média.

Gado morre por falta de assistência técnica

Dos cinco animais adquiridos por João Alves em 1998 com dinheiro do Governo Federal – relativo ao que seria o Crédito do Programa Nacional de Agricultura Familiar, criado anos depois – três morreram no primeiro ano. Os outros dois João Alves vendeu, receoso de perder o restante do patrimônio. Após o prejuízo, o agricultor não conseguiu pagar o empréstimo. Endividado, não consegue tampouco outras linhas de crédito e voltou depender unicamente das alterações do clima nordestino para conseguir sobreviver.

João Alves está até hoje no assentamento Tabuleiro do Barreiro, na cidade de Taipu, trabalhando na mesma terra recebida pelo Incra 13 anos atrás. O mesmo não aconteceu com muito de seus companheiros. Embora não tenha uma estatística consolidada para demonstrar a envergadura dos problemas pelos quais passam os assentados, João, presidente do Assentamento, confirma o fracasso de grande parte do objetivo inicial da desapropriação. “Hoje acontece inclusive de algumas pessoas trabalharem em fazendas dos arredores, na terra dos outros, porque não conseguem, ou não querem, cultivar as suas”, diz.

A vista das casas do assentamento contudo não condiz com essa realidade. Quem vê a aparência pode se enganar. Beneficiados pelo Governo Federal, os assentados conseguiram reformar suas residências. “Das casas não podemos reclamar. Foram reformadas, estão bonitas, foi uma coisa boa que o Governo fez. Mas aqui tem gente que não consegue nem meio salário mínimo. A maior parte deve ao banco”, aponta João Alves.

A questão da assistência técnica foi colocada por João Alves como fundamental no processo que impediu a evolução no assentamento Tabuleiro do Barreiro. “O técnico vinha uma vez por semana no máximo. Estávamos na maior parte do tempo sozinhos, o gado foi morrendo, deu uma seca e não tivemos como continuar”, diz João Alves.

Hoje, a comunidade depende de aposentadoria, bolsa-família e somente alguns poucos produzem. João Alves é um deles. “Consegui cinco cabeças de gado com o meu trabalho, planto aqui na minha terra milho, feijão, mandioca, a maior parte para consumo. Aqui até mesmo o Programa do Leite, que dá dinheiro para muito produtor, nós não conseguimos acessar”, encerra.

Incra destaca casos de sucesso no Estado

Apesar de reconhecer problemas como a pouca assistência técnica e dificuldades de comercialização, o superintendente interino do Incra, Mário Moacir, afirma que há inúmeros casos de sucesso em assentamentos no Rio Grande do Norte. Cita principalmente dois: PA do Rosário, em Ceará-Mirim, e Planalto do Retiro, em Touros. “Além disso, temos bons resultados na região do Mato Grande, no Oeste Potiguar. São assentamentos que estão crescendo”, diz Mário.

Quanto a assistência técnica, o superintendente afirma que o Incra já tem em curso uma ação para diminuir o impacto do problema. Uma empresa será contratada para realizar o acompanhamento de todos os assentados do RN. Houve uma primeira chamada pública, que não conseguiu selecionar um vencedor, e uma nova será realizada em breve. “A assistência é um gargalo que estamos resolvendo. Hoje não há muitas empresas para realizar esse trabalho”, afirma.

Quanto às dificuldades de gestão e convivência, o Incra afirma não poder interferir no relacionamento entre os assentados. “Isso está fora da nossa alçada. Muitas vezes há falta de zelo do próprio agricultor”, diz, acrescentando que há 285 projetos de assentamento no Rio Grande do Norte. “A desestruturação não reflete toda a realidade dos assentamentos do Estado”, encerra.

 bate-papo - » Manoel Cândido tesoureiro da Fetarn

Qual a avaliação da Fetarn sobre os assentamentos do Estado?

Não podemos negar que houve um avanço principalmente no que diz respeito à distribuição. Há hoje 30 mil famílias em assentamentos em todo o Rio Grande do Norte, o que é um dado importante. Além disso, tivemos uma melhora nas políticas de investimento nos últimos oito anos, com mais crédito e financiamento.

A assistência técnica é um dos maiores entraves?

Sim, sem dúvida. O técnico não faz um acompanhamento completo hoje. As visitas são esporádicas, o que prejudica muito o trabalho. O Governo precisa criar um modelo de acompanhamento permanente.

Há relatos de falta de interesse de trabalhadores...

Não é algo que pode ser estendido a todos. Mas acho que o Governo poderia melhorar a forma de seleção. Às vezes, entram pessoas sem intimidade com a agricultura.

Assentados sofrem com falta d’água

Sérgio Freire - Jornal de Fato

Mossoró - Localizado a cerca de 30 quilômetros do Centro de Mossoró, a agrovila Pomar é das dez instaladas no território da antiga Mossoró Agro Industrial  (Maisa), uma das maiores fazendas de fruticultura irrigada do país e que decretou falência em 2000. A agrovila que nasceu a partir da desapropriação da fazenda, atualmente, colhe os frutos do bom inverno que acomete toda a região.

“Estamos com plantação de acerola, herdada da antiga Maisa, e também por conta do inverno estamos plantando hortaliças”, explica o vice-presidente da Associação de Produtores do Assentamento Pomar, Edvan Márcio. No entanto, a comunidade vem sofrendo não com a falta de água vinda do céu, mas sim do poço que abastece a comunidade e que há dois meses está com sua bomba quebrada e sem previsão de concerto. “Nosso maior problema é água, inclusive, é dessa bomba que sai água para parte dos hectares que possuem sistema de irrigação”, conta Edvan.

Com 30 hectares de terras, sendo 20 de áreas com sistema de irrigação e 10 hectares com produção restrita ao período chuvoso, o assentamento Pomar, que possui 110 famílias, é um exemplo dos desafios encontrados nas agrovilas encontradas na antiga Fazenda Maisa. Ao longo de sete anos, as comunidades receberam, além do lote de terra, melhorias habitacionais por parte do Governo Federal, através do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Mas a situação, segundo os assentados, está longe do ideal.

A própria produção de acerola não tem um plano de vendas diretas, ou seja, a produção não tem comprador definido e as frutas são vendidas nas zonas urbanas de Mossoró e Aracati no Ceará de forma aleatória. “A gente consegue tirar nosso sustento em período de chuva, acredito que cada família deva tirar por mês em torno de mil reais. Mas isso é só enquanto tem chuva, depois não temos condições técnicas de plantar algo mais”, diz Márcio, acrescentando que nos períodos de seca, “a sorte” é encontrar uma vaga no plantio das fazendas de fruticultura irrigada existentes na região, que pagam, em média, um salário mínimo.

Apesar das melhorias habitacionais, outras demandas são consideradas insuficientes.  Os assentados reclamam da estrutura do único posto de saúde que atende dez comunidades de assentados e mais a Vila, onde residem os ex-funcionários da Maisa, ao todo são mais de 1.200 pessoas.

Destino da produção preocupa o Incra

Para a superintendência do Incra no RN – responsável pelas agrovilas do complexo da antiga Maisa, os assentados devem assumir as responsabilidades de manutenção do que foi instalado e ofertado a eles. Segundo o Incra, o caso da bomba quebrada no assentamento Pomar é emblemático sob ponto de vista dos deveres assumidos pelos assentados.

“O Incra instalou a bomba e liberou recursos para seu funcionamento, a partir daí a responsabilidade é dos moradores, assim como outras obras entregues”, explicou João Pinto – técnico do órgão. No entanto, apesar da responsabilidade, o Incra afirma não se esquivar de buscar parcerias a fim de solucionar problemas como o da bomba de água. “Fizemos contato com a Petrobras e a Secretaria de Agricultura do Estado, mas pelo que sei não existe recurso disponível no momento”, diz.

No momento, o Incra explica que a grande preocupação do órgão é justamente quanto ao destino da produção dos assentamentos. Oficialmente, a superintendência do órgão explica que os assentamentos da Maisa estão em fase de ingresso (através de análises de melhores projetos de plantio) no Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf), que basicamente consiste na liberação de empréstimos para o plantio e comercialização feita em parceria com o Banco do Nordeste – Entre as vantagens estariam descontos e prazos longos para pagamento feito pelas associações das agrovilas.

Justiça condena oito por fraudes na reforma agrária

Sorocaba (AE) - A Justiça Federal em Sorocaba condenou oito pessoas à prisão por comprar ilegalmente lotes destinados à reforma agrária na região de Itapeva, sudoeste paulista. Os réus são acusados ainda de obter e aplicar irregularmente recursos do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O prejuízo dado pelo grupo aos cofres públicos foi calculado em R$ 1,3 milhão. A sentença foi prolatada ontem.

De acordo com a decisão, o grupo liderado por Iranildes Lopes da Silva fazia uma reforma agrária ao contrário: convencia assentados da Fazenda Capelinha, adquirida com recursos do Banco da Terra, a venderem seus lotes por valores irrisórios e explorava a área toda como uma grande propriedade. Para isso, os golpistas assumiram o controle da Associação dos Agricultores Familiares de Taquarivaí e usaram o nome dos assentados para obter financiamentos do Pronaf.

De acordo com o juiz substituto Marcos Tavares, os acusados subverteram os objetivos da reforma agrária, financiada com recursos públicos. Silva foi condenado a 6 anos e 6 meses de reclusão pelos crimes de estelionato e extorsão. Eliane Aparecida Lopes da Silva Santos e Fernando Rosa dos Santos, filha e genro de Iranildes, foram condenados a 2 anos e oito meses de prestação de serviços a entidade assistencial.

Lidiane Lopes da Silva, também filha de Iranildes, foi condenada a dois anos de prestação de serviços, com jornada semanal de sete horas. O presidente da Associação, Joaquim Dias da Silva, e um corretor de imóveis, Ademir Rodrigues de Barros, foram condenados a dois anos e oito meses de prestação de serviços. Dois advogados que prestavam serviços a Iranildes - Abílio César Comeron e Jorge Marcelo Fogaça dos Santos - foram condenados a três anos e quatro meses de prestação de serviços. Todos poderão recorrer em liberdade.

Fonte: Tribuna do Norte

Alta dos alimentos coloca 44 milhões de pessoas na pobreza



Na  terça-feira (15/02), o Banco Mundial informou que a pobreza e as preocupações com a economia aumentaram em todo o mundo por conta das consecutivas elevações de preço dos alimentos, ocorridas entre outubro de 2010 e janeiro desse ano. O índice de preços do banco subiu 15% no período, o que significa elevação de 30% em relação a 2009 e apenas 3% abaixo do pico de 2008. A entidade relatou que esse aumento, que inclui alta significativa dos preços do trigo e do milho, colocou cerca de 44 milhões de pessoas em situação de pobreza desde junho.

A alta dos alimentos tem sido uma grande preocupação para as autoridades internacionais. O Banco Mundial alertou que a elevação dos preços pode causar "macro vulnerabilidades", especialmente nos países menos sólidos em âmbito fiscal, que são forçados a importar grandes volumes de alimentos. Para Robert Zoellick, presidente do banco, “os preços globais dos alimentos estão subindo para níveis perigosos e ameaçam dezenas de milhões de pessoas pobres no mundo”.

No entanto, a instituição ponderou que boas colheitas em muitos países africanos ajudaram a conter a elevação dos preços de alguns itens. Além disso, o banco observou que os preços internacionais do arroz subiram moderadamente e que o cenário desse mercado permanece estável. Ainda segundo a entidade, as mudanças climáticas devem causar mais impacto nos preços dos alimentos do que ocorreu no passado. "A frequência de eventos relacionados ao clima durante o último ano e seu impacto nos preços da comida ressaltam a vulnerabilidade dos pobres diante das mudanças climáticas", afirmou o banco.
Fonte: Criar e Plantar - Notícias

Governo estuda aumentar mistura de biodiesel ao óleo diesel mineral em 2012




O percentual de adição de biodiesel ao óleo diesel mineral no Brasil pode ser elevado no ano que vem, de acordo com o diretor da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Allan Kardec. Para este ano, não estão previstas alterações. “Há uma pressão muito grande do mercado, nós estamos discutindo o assunto com o Ministério de Minas e Energia, mas não há perspectivas de que esta composição venha a ser alterada ainda este ano”, assegurou Kardec. Atualmente, o óleo diesel vendido no país recebe 5% de biodiesel.

“Nós estamos estudando junto com o governo, mas isso é uma decisão do CNPE [Conselho Nacional de Política Energética]. A demanda dos produtores, hoje, é para que a mistura passe a ser de 7%, até chegar a 10%”, diz.

Kardec salientou, porém, que outros segmentos do mercado, principalmente as distribuidoras de combustíveis, fazem restrições a esse aumento percentual. “O setor que envolve o pessoal da Fecombustíveis [Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes] e do Sindicom [Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes], entre outros, é contra esse aumento. Então, tem que ser algo discutido", afirma.
Fonte: Revista Globo Rural

Governadora Debate Desenvolvimento Agrário com Dirigentes do MDA

A governadora  Rosalba Ciarlini recebe, a partir das 11 horas desta sexta-feira, dia 19, o secretário nacional de Reordenamento Agrário,  Adhemar Lopes de Almeida, com quem vai debater a questão do desenvolvimento agrário no Rio Grande do Norte. Outros dois representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) participam da audiência na sede do governo, no Centro Administrativo de Lagoa Nova, em  Natal: o diretor do Departamento Nacional de Crédito Fundiário, Francisco das Chagas Ribeiro Filho, e o Coordenador Geral de Reordenamento Agrário, Aristides Bezerra Filho.
Em seguida à reunião, no auditório da Governadoria, a governadora lança o Programa de Geocadastro e ainda entrega, simbolicamente, veículos para a Secretaria Estadual de Colonização e Reforma Agrária (Seara). O geocadastramento vai permitir a regularização e titulação dos proprietários de terras em assentamentos rurais no Estado.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Áreas de Zoneamento do Caju no RN



 


O Ministério da Agricultura aprovou, através de sua Secretaria de Política Agricola, o Zoneamento para a cultura de caju no Rio Grande do Norte, conforme a portaria publicada na edição do dia 11 de fevereiro do “Diário Oficial da União” (D.O.U.).
Ao todo, o Zoneamento da cajucultura contempla áreas de 54 municípios do Estado, inclusive Natal, onde as áreas agricultáveis são diminutas.
Na região da Serra de Santana, estão incluídos no Zoneamento Agrícola do caju Florâni, Lagoa Nova, Santana do Matos e São Vicente, no entanto não constam áreas da Serra de Santana pertencentes aos municípios de Cerro Corá e Tenente Laurentino Cruz.
A nota técnica do Ministério da Agricultura diz que o O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical adaptada às condições do litoral nordestino. Embora apresente alta rusticidade, não desenvolve bem em solos muito rasos ou argilosos.
As condições ótimas para seu cultivo são: temperaturas entre 22º C e 32º C, alta luminosidade, precipitação acima de 1200 mm/ano, período de estiagem máximo de 3 a 4 meses, e altitudes inferiores a 600 metros.
A cultura do cajueiro no Estado do Rio Grande do Norte desempenha importante papel socioeconômico contribuindo para a geração de emprego, renda e a fixação do homem no campo.
Objetivou-se, com o zoneamento agrícola, identificar os municípios aptos, e os períodos de plantio para o cultivo do caju em condições de médio e baixo risco no Estado.
Para isso, foram considerados fatores climáticos e pedológicos, e os requisitos edafoclimáticos da cultura.
Com base nos parâmetros que mais diretamente influenciam o desenvolvimento e a produtividade do cajueiro e, ainda considerando-se a utilização de práticas de cultivo com alto nível tecnológico, foram adotadas as seguintes classes de aptidão pedoclimática:
a) Terras com Alto Potencial- Aptidão Preferencial (P)
b) Terras com Médio Potencial - Aptidão Regular (R);
c) Terras com Baixo Potencial - Aptidão Marginal (M); e
d) Terras sem Potencial - Terras não indicadas (NI).
No cômputo do risco climático, tomou-se como base às áreas
dos municípios, as classes de estimativa de aptidão e os períodos de plantio. A partir desses parâmetros, foram estabelecidos, por município, os seguintes critérios critérios de risco:
a) Risco baixo - municípios cuja soma dos parâmetros P + R
é maior que 60 %
b) Risco médio - municípios cuja soma dos parâmetros P + R é maior que 45 e menor ou igual a 60 %;
c) Risco alto - municípios cuja soma dos parâmetros P + R é menor ou igual a 45 %.
Com base nos critérios utilizados, foram considerados aptos  os municípios com baixo e médio risco para o cultivo do cajueiro. São aptos ao cultivo de caju no Estado os solos dos tipos 1,2 e 3, observadas as especificações e recomendações contidas na Instrução Normativa nº 2, de 9 de outubro de 2008.
Não são indicadas para o cultivo:
- áreas de preservação obrigatória, de acordo com a Lei
4.771/65 (Código Florestal) e alterações;
- áreas com solos que apresentam profundidade inferior a 50
cm ou com solos muito pedregosos, isto é, solos nos quais calhaus e
matacões ocupem mais de 15% da massa e/ou da superfície do terreno.


RELAÇÃO DOS MUNICÍPIOS APTOS AO CULTIVO E PERÍODOS INDICADOS PARA PLANTIO MUNICÍPIOS PERÍODOS DE PLANTIO PARA OS SOLOS TIPOS 1, 2 e 3
Açu 07 a 12
Antônio Martins 07 a 12
Apodi 07 a 12
Arês 10 a 18
Baía Formosa 07 a 18
Baraúna 07 a 12
Boa Saúde 10 a 18
Bom Jesus 10 a 18
Brejinho 10 a 18
Campo Grande 07 a 12
Canguaretama 07 a 18
Caraúbas 07 a 12
Ceará-Mirim 10 a 18
Coronel Ezequiel 07 a 12
Espírito Santo 10 a 18
Extremoz 10 a 18
Florânia 07 a 12
Goianinha 10 a 18
Jaçanã 07 a 12
João Câmara 07 a 18
Lagoa de Pedras 10 a 18
Lagoa Nova 07 a 12
Mossoró 07 a 12
Natal 10 a 18
Nísia Floresta 10 a 18
Nova Cruz 10 a 18
Parnamirim 10 a 18
Pedro Velho 07 a 18
Poço Branco 07 a 18
Portalegre 07 a 12
Pureza 10 a 18
Rio do Fogo 07 a 15
Rodolfo Fernandes 07 a 12
Santana do Matos 07 a 12
São Gonçalo do Amarante 10 a 18
São José de Mipibu 10 a 18
São Paulo do Potengi 10 a 18
São Pedro 10 a 18
São Vicente 07 a 12
Senador Georgino Avelino 10 a 18
Serra do Mel 07 a 12
Serrinha 10 a 18
Severiano Melo 07 a 12
Taipu 07 a 18
Tibau do Sul 10 a 18
Touros 10 a 18
Upanema 07 a 12
Vera Cruz 10 a 18
Vila Flor 07 a 18
Lucrécia 07 a 12
Macaíba 10 a 18
Martins 07 a 12
Montanhas 07 a 18
Monte Alegre 10 a 18

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Território Seridó Promove Reunião com o Colegiado

O Território da Cidadania do Seridó promoverá nesta quarta feira (16) reunião com os membros do Núcleo Técnico e membros do colegiado territorial, com o objetivo de discutir a pauta:

  1. Termos de responsabilidades dos Tanques de Resfriamento de Leite,preparar agenda da realização dos intercâmbios e modelo de gestão dos referidos Tanques;
    2. Aprofundamento sobre os encaminhamentos do PNAE, pelo GT da Produção da Câmara Temática dos Direitos Básicos Sociais e Discussão sobre a Criação da Base de Serviços do Território Seridó;

    3. Discussão dos Assuntos tratados na reunião do Núcleo Diretivo;

    4. Início da discussão e agenda de reuniões dos Projetos Territoriais de 2011. Entre outros assuntos.

A realização da referida reunião será em Carnaúba dos Dantas no Centro Pastotal Adelino Dantas a partir das 8: 30h.

Começa a se  tornar de grande importancia para os membros do colegiado estas reuniões de 2011, pois a fase inicial de propostas para as ações de 2011. E o amigo e companheiro de trabalho Emídio Gonçalves, articulador territorial, estará presente engrandecendo os trabalhos da pauta do dia.

Ministério da Agricultura indica áreas para plantio de caju



As orientações para o plantio de caju nos nove estados da região Nordeste estão disponíveis no Zoneamento de Risco Climático publicado no Diário Oficial da União na sexta-feira (11/02). O estudo do Ministério da Agricultura indica os municípios aptos ao plantio da fruta, tipos de solo, condições climáticas e períodos mais apropriados para as lavouras, e as variedades adequadas para cada estado.

A cultura do cajueiro vem assumindo papel relevante na economia nordestina, em decorrência do aumento da demanda pela castanha. O desenvolvimento dessa planta tropical está bem adaptado às condições do litoral nordestino. As temperaturas favoráveis oscilam de 22ºC e 32ºC. A cultura necessita de luminosidade, precipitação acima de 1,2 mil milímetros ao ano, com três a quatro meses de estiagem, no máximo, e altitudes inferiores a 600 metros. É uma planta de alta rusticidade, porém não prospera em solos rasos e muito argilosos, desenvolvendo-se bem em terras profundas, férteis e arenoargilosas.

Seminário na Alemanha discute agricultura familiar brasileira



O evento contará com 10 cooperativas aptas para exportação que trabalham com produtos como cacau, café, castanha de caju, mel, umbu, cachaça, açúcar e guaraná.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o Planeta Orgânico realizam nesta terça-feira (15/02), em Nuremberg, na Alemanha, um seminário para mostrar o crescimento da agricultura familiar brasileira nos mercados de produtos orgânicos, doméstico e internacional. O evento Sociobiodiversidade Brasileira e a Copa 2014 acontece na véspera da Biofach, maior feira de produtos orgânicos que recebe 43 mil profissionais do segmento de 124 países, também realizada na cidade.

O MDA participa do estande do Projeto Organics Brasil, que terá oito empresas expositores e mais de 20 como visitantes na Biofach e ainda contará com 10 cooperativas aptas para exportação que trabalham com produtos como cacau, café, castanha de caju, mel, umbu, cachaça, açúcar e guaraná.

Segundo informações dos organizadores do evento, o coordenador do Projeto Organics Brasil, Ming Liu, vai mostrar as oportunidades de negócios para os produtores familiares, os dados mais recentes do setor no Brasil e como explorar o potencial da marca Brasil.

O tema do painel de abertura do seminário agregará destacará as oportunidades de parceria com o setor privado, particularmente com o projeto Talentos Brasil Rural.

Entre os palestrantes estão Julio Pinho, gerente de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente; Iran Trentim, presidente da Associação Brasileira da Agricultura Familiar Orgânica, Agroecológica e Agroextrativista; Rogério Ern, da Secretaria da Agricultura Familiar; Maria Beatriz Martins Costa, diretora executiva do Planeta Orgânico; e Jedielson de Jesus Oliveira, representante da Copoam, PA, e Terezinha Maria de Oliveira Medeiros, representante da Coopercaju, RN. A Coopercaju que beneficia e exporta  a castanha do caju  produzida no  municipio de Serra do Mel/RN e que nos representa muito bem.



O Seminário espera receber convidados das principais redes de distribuição de orgânicos da Europa e Estados Unidos.




Fonte: Revista Globo Rural e do Blog

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Chuvas moderadas no RN nas próximas 72 horas

A Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn) divulgou a previsão das condições atmosféricas sobre a Região Nordeste do Brasil e os resultados dos modelos numéricos de previsão do, com a predominância para as próximas 72 horas (do dia 14 a 16/02) , que é de ocorrência de céu variando entre parcialmente nublado com ocorrência de chuvas fracas. As figuras mostram a presença do Sistema Meteorológico - Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) - que produzirá chuvas moderadas a fortes principalmente nas regiões do Alto Oeste, Seridó e Litoral Leste, variando entre 50 a 100 mm acumulados no período de 72 horas. Segundo os modelos, a chuva poderá se concentrar mais durante as próximas 24 Horas.
Segundo a Gerência de Meteorologia da Emparn, o o prazo de 72 horas utilizados nesta previsão é devido à segurança na confiabilidade do modelo de previsão, dando assim uma margem de acerto maior, além de 72 horas de antecedência ser um tempo razoável para o desenvolvimento de ações emergenciais quando necessário.

Pesquisa realizada por Valdir Julião.

Estudos na Área Rural Serão Defendidos e Apresentados no Nordeste

Datas e Horários das Defesas de Dissertações 2011


 1. Naftali de Lucena Vieira – “Perfil Socioeconômico dos Agricultores Participantes da Feira Agroecológica no Território do Médio Sertão Paraibano”
Data: 11/02/2011
Horário: Das 14:00hs às 18:00hs
2. José Aminthas de Farias Junior – “Clonagem de Cnodosculus quercifolius Pohl (Faveleira) por Alporquia Utilizando Rejeito de Vermiculita e Diferentes Concentrações de AIA
Data: 11/02/2011
Horário: Das 14:00hs às 18:00hs

3        Manoel Fernandes da Silva – “Alteração nos Teores de Nutrientes Indicadores de Estresse em Espécies Florestais Expostas à Poluição na Cidade de Patos-PB”
Data: 14/02/2011
Horário: Das 7:00hs às 12:00hs
4   Itaragil Venâncio Marinho – “Análise Comparativa de Remanescentes de Caatinga Destinados ao Manejo Florestal nos Estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte”
Data: 14/02/2011
Horário: Das 14:00hs às 18:00hs
5.    Pedro Nicó de Medeiros Neto – “Avaliações Físico-Químicas, Anatômicas e Energéticas das Espécies Poincianella pyramidalis Tul. L. P. Queiroz e Handroanthus impertiginosus (Mart. ex DC.) Mattos. De Ocorrência no Semi-Árido Brasileiro”
Data: 16/02/2011
Horário: Das 7:00hs às 12:00hs

  1. Ana Aline Justino Soares – “Avaliação Físico-Química e Bromatológica da Polpa de Spondias purpúrea L(Ciriguela) na Região do Semiárido Central Paraibano”
Data: 17/02/2011
Horário: Das 07:00hs às 12:00hs

  1. Roberta Maria de Albuquerque Lacerda – “Inventário e Caracterização da Arborização de Duas Agrovilas no Semiárido Paraibano ”
Data: 17/02/2011
Horário: Das 14:00hs às 18:00hs

  1. Aline Valéria Sousa de Medeiros – “Taxocenoses de Meliponina, SEUS Recursos Florais e Sítios de Nidificação em Áreas da Caatinga, no Seridó Nordestino”
      Data: 28/02/2011
     
      Horário: Das 14:00 às 18:00hs.
 
 
Posteriormente poderão nos auxiliar bastante estes temas.




Leite orgânico é mais nutritivo que o convencional, diz estudo.

Produto teria mais substâncias como antioxidantes, vitaminas e ácidos benéficos à saúde.
Pesquisadores ingleses compararam a qualidade do leite produzido em fazendas orgânicas e convencionais e sugerem que o produto orgânico é mais rico em nutrientes que beneficiam a saúde.
Segundo o estudo, o leite produzido por vacas que pastam naturalmente e têm uma dieta à base de feno é mais rico em antioxidantes, vitaminas, carotenóides e ácidos gordurosos que fazem bem à saúde, como o ômega 3 e o ácido linoleico. Essas substâncias, acredita-se, ajudam no combate ao câncer e aos problemas cardíacos.
A pesquisa, publicada numa edição  da revista científica Jounal of Science of Food and Agriculture, ressalta que os níveis desses nutrientes chegaram a ser até 60% maior em algumas amostras de leite orgânico. "Já sabíamos que a dieta das vacas influencia na qualidade do leite. A diferença dessa pesquisa é que ela demonstra que, em fazendas orgânicas, o pasto e a ingestão de feno são as razões mais importantes para as diferenças entre as composições do leite orgânico e convencional", disse Gillian Butler, que liderou o estudo.
Fazendas
Para realizar a pesquisa, os cientistas analisaram 25 fazendas no Reino Unido em duas áreas distintas - o sul do País de Gales e o nordeste do país. Entre as fazendas, a pesquisa analisou três diferentes tipos de criação: sustentável, orgânica e convencional. Os pesquisadores coletaram 109 amostras de leite nas 25 fazendas comerciais ao longo de dez meses. O grupo investigou os efeitos das diferenças nas dietas e tipo de criação na composição nutritiva das amostras.
Os resultados apontam que entre as substâncias benéficas que apresentaram maior teor no leite orgânico estavam os ácidos gordurosos linoleico, ômega 3, antioxidantes, vitamina E e carotenóides. Além disso, as amostras de leite orgânico também demonstraram menor nível de ácidos gordurosos considerados nocivos à saúde, como o ômega 6. "Nossa próxima pesquisa irá focar em descobrir soluções para melhorar a composição nutritiva do leite durante o inverno, quando as vacas não pastam tanto e a dieta é à base de feno em conserva", afirmou Butler.
O estudo é financiado pela União Européia e faz parte uma pesquisa em andamento sobre a saúde e bem-estar dos animais, qualidade do leite e que estuda soluções para reduzir o uso de antibióticos na produção de laticínios.
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