segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pesquisadores querem criar melancia mais resistente a doenças e pragas



Os produtores de melancia costumam enfrentar problemas no campo, em especial os fitossanitários, pois a produção exige aplicações de agroquímicos para controle de pragas e doenças, e aumenta os custos de produção de uma importante cultura para a agricultura familiar.

Na tentativa de diminuir as dificuldades do agricultor, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com universidades federais e estaduais e bolsistas de graduação e pós-graduação da FACEPE, CNPq e CAPES, constituíram uma rede de pesquisa para buscar nas variedades genéticas do fruto, soluções que não recorram a insumos químicos.

Os especialistas estão realizando trabalhos de melhoramento vegetal como os que resultaram na geração da cultivar BRS Opara, a única no Brasil que apresenta resistência à doença fúngica conhecida com oídio.
 Negócio
A estratégia dos pesquisadores é suprir o mercado com variedades e híbridos de melancia adaptadas às diferentes condições ambientais do país, e com características que atendam às variadas demandas dos consumidores, no país e no exterior. Segundo informações da Embrapa, agricultores e consumidores têm exigido cultivares com elevado rendimento e resistência às doenças e pragas (oídio, viroses, cancro das hastes, alternaria), com peso médio de frutos que atendam aos mercados interno (8,0 kg a 10,0 kg) e externo (entre 2,0 kg e 4,0 kg).

De acordo com a engenheira agrônoma, Rita de Cássia Souza Dias, da Embrapa Semiárido, a Rede de Pesquisa em Melhoramento de Melancia tem em vista identificar plantas que apresentam resistência aos organismos que causam as principais pragas e doenças que afetam a cultura. “Isso vai contribuir para viabilizar sistemas agrícolas sustentáveis, com tecnologias de baixo impacto ambiental e econômico, e vai abrir novos mercados. Atualmente, o fruto movimenta em torno de R$ 380 milhões/ano no país.

Ao todo, são 900 exemplares de sementes de melancias coletadas em várias partes do Brasil e algumas que foram introduzidas de outros países. Há, ainda, aproximadamente 2 mil linhas resultantes de cruzamentos entre plantas produzidas a partir dessas sementes.


Fonte: Globo Rural

Nenhum comentário:

Postar um comentário