quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Agropecuária compensa déficit externo da indústria e serviços

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse, nesta quarta-feira, 12 de janeiro, que o desempenho da agricultura e da pecuária brasileira, nos últimos dez anos, tem sido pujante, com avanços sucessivos. Em 2010, os preços dos produtos exportados cresceram 14,6% e a quantidade, 3% em relação a 2009. “Somos capazes de sair da fazenda com produtos de alta qualidade, a um custo razoável, e de enfrentar dificuldades em relação ao câmbio, logística e às barreiras artificiais que são colocadas no mercado internacional”. A afirmação foi feita durante coletiva no Ministério da Agricultura sobre os resultados da balança comercial, que alcançou recorde de US$ 76,4 bilhões em 2010.

Segundo o ministro, o superávit do agronegócio registrado no último ano, de US$ 63 bilhões, permitiu cobrir o déficit comercial dos demais setores da economia brasileira - indústria e serviços -, que alcançou US$ 42,7 bilhões.

“Esse desenvolvimento está baseado num tripé que envolve o produtor rural, que é o protagonista do processo, o governo, que apoia a produção e a ciência e tecnologia, que estão incorporadas ao processo produtivo”, afirma. Nessa ação, o ministro destacou o papel desempenhado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades federais e estaduais e institutos de pesquisa. Além disso, o ministro citou o papel da pesquisa empresarial, que trouxe incremento ao processo produtivo, por meio da ciência transformada em tecnologias produtivas.

Preços

Em 2008, antes da crise financeira mundial, houve aumento significativo dos preços agrícolas, que foram acompanhados pela subida dos insumos (fertilizantes). Em 2010, os preços subiram, mas não dos insumos, o que permitiu resultados mais favoráveis ao produtor.

De acordo com Rossi, os produtos que superaram os preços dos níveis de 2009 foram óleo de soja, carne de frango, bovina, suína, açúcar, café, milho e algodão. “Portanto, praticamente toda a nossa pauta de exportação mais significativa”, informou o ministro.


Produtos agrícolas:

Como destaque, o ministro citou o café, que apresentou a maior exportação de todos os tempos, sendo responsável por 8% do total das vendas externas. “Já os produtos florestais representaram 12% das exportações, com ênfase para a celulose. Isso significa que o Brasil está ampliando o número de produtos em que é protagonista”, completa.

O complexo soja continuou em primeiro lugar, sendo responsável por 22% das exportações (US$ 17 bilhões). O complexo sucroalcooleiro alcançou a segunda posição, com 18%, ultrapassando as carnes, com 17,8%. “O milho teve destaque na pauta de exportações, ao alcançar 10 milhões de toneladas, que representaram US$ 2,1 bilhões”, finalizou.

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