sábado, 29 de janeiro de 2011

ENTREVISTA COM VICE- PRESIDENTE DA FETARN É CONCEDIDA A RÁDIO LIBERDADE

      


     Sr. Francisco José da Silva, vice-presidente, e secretário de políticas agrícolas da FETARN em entrevista concedida a rádio Liberdade FM nesta manhã de sábado (29) ao Programa Sementes do Campo o mesmo abordou sobre as expectativas de chuvas na região e estado do RN. O mesmo informou que os meteorologistas estão com previsões de chuvas boas para a região, podendo chegar a ser mais fortes em algumas regiões do estado, mas que essas expectativas razoáveis facilitam a produtividade agrícola para os agricultores do nosso estado.
     Ao ser questionado pela entrevistadora: Graça Santos sobre o pagamento do Garantia Safra das safras anteriores e futuras o Sr. Francisco José ressaltou que a luta da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do RN – FETARN, neste período de mudanças de governo tem sido constante, pois existe uma quantidade de 25.000 (vinte e cinco mil) agricultores para ser beneficiado pelo Garantia no estado, referente as percas da safra 2009/2010 e nos bastidores já há uma expectativa para que a partir de março seja liberados. Quanto à safra atual ao ser mais uma vez questionado o Sr. Francisco José citou: “temos no estado uma quantidade de 46.000 (quarenta e seis mil) agricultores cadastrados para 2011, pois a inscrição para o ano em curso já foi realizada em 2010”, e que segundo o mesmo, a partir de abril a maio serão agendadas novas reuniões no município de Cerro Corá entre o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Secretaria de Agricultura do município para definir o cadastramento para safra 2011/2012. A entrevista também foi focada para o trabalho da Federação e sua visão em relação à entrega de sementes e distribuição de mudas para os produtores que não podem perder seus prazos para plantio por período tardio nos cronogramas de entrega da Secretaria de Agricultura Pecuária e Pesca – SAPE do Estado. Os nossos agricultores têm suas expectativas e aguardam, pois é o que resta!


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Brasil e Gana assinam acordo para produção de alimentos pela agricultura familiar



O ministro da Alimentação e Agricultura de Gana, Kwasi Ahow, ao lado do ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, durante assinatura do acordo de cooperação.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, e o ministro da Alimentação e Agricultura de Gana, Kwasi Ahow, assinaram nesta quinta-feira (27/01) um acordo de cooperação técnica para implantação do Programa Mais Alimentos no país africano.

O Programa Mais Alimentos África é uma extensão de um projeto do governo brasileiro que concede linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). O objetivo é estabelecer uma linha de cooperação técnica voltada para a produção de alimentos pela agricultura familiar.

Para aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas, o governo brasileiro deverá fazer um empréstimo a Gana no valor de US$ 95 milhões. O valor ainda depende de aprovação da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

O envio de máquinas será feito de acordo com as necessidades do país, mas a expectativa é que as primeiras já estejam disponíveis no segundo semestre deste ano. O governo brasileiro fechou parceria com representantes industriais brasileiros para a compra dessas máquinas.

A iniciativa de criação de uma linha de financiamento de máquinas e equipamentos agrícolas foi lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em maio do ano passado, durante o evento Diálogo Brasil – África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural, em Brasília, DF.

O orçamento total do programa é de US$ 240 milhões para 2011 e US$ 400 milhões para 2012. Gana terá um prazo de carência de 3 anos para iniciar o pagamento que poderá ser feito em até 15 anos a uma taxa de 2% de juros ao ano.

As atividades agropecuárias contribuem com 36% do Produto Interno Bruto (PIB) de Gana, que conta com 24 milhões de habitantes.

Programa Nacional de Habitação Rural é esperado nos municípios da Serra de Santana.




          A Central de Comercialização e Organizações dos Agricultores Familiares da Serra de Santana - COASERRA recebe propostas através de sua equipe técnica e social  para o  Programa Nacional de Habitação Rural - PNHR integrante do Programa Minha Casa Minha Vida. Desde a publicação do Decreto 6.819 de 13 de abril de 2009 e a lei nº. 11.977 de 07 de julho de 2009 o programa já passou por vários ajustes e que a partir de 2010 a CAIXA Economica começou a receber realmente as propostas para construções e principalmente no estado do Rio Grande do Norte.

        No segundo semestre de 2010 esta conquista para  para o homem, a mulher, o jovem rural, agricultores de forma geral que não tem casa e se enquadram nos critérios do programa tem sido um momento de expectativas em relação a aprovação das propostas dos projetos já encaminhados. O programa tem  como objetivo autorizar a aplicação de material para construção das Unidades Habitacionais na zona rural.
        Áqueles agricultores  que fazem parte dos municipios da Serra de Santana e região Seridó como um todo, além de sua parcela de propostas nas nas demais regiões tem sido acompanhado diretamente pela equipe da COASERRA que atualmente já tem o contrato firmado com o agente financeiro a CEF - Caixa Economica Federal para que seja liberados os recursos para as 1ªs Unidades. Lembrando que a COASERRA nos municipios ela atua como parceira do Movimento Sindical de Trabalhadores Rurais e segue legalmente as orientações exigidas pelo programa. Cada grupo é formado por pronafianos dos grupos B e C, com renda de até R$ 10.000, 00 (Dez Mil Reais) anual e cada grupo de beneficiários que segue para análise da CAIXA segue uma quantidade de acima de 3 a até 50 beneficiários por vez.
 Nós que fazemos a equipe da COASERRA estamos torcendo pela imediata liberação do recurso pelo agente financeiro para iniciarmos as etapas de construções nos municípios atendidos pela mesma.

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Corá e BNB promove reunião que trata sobre renegociações de dívidas rurais

          

            Nesta sexta feira (28) na sede da Associação Santa Zita em Cerro Corá/ RN, houve reunião com representantes do Banco do Nordeste do Brasil, FETARN, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cerro Corá, Associações, agricultores, assentados da Reforma Agrária e demais interessados no assunto, que tratou sobre a lei 12.249/2010 que trata sobre as renegociações de dívidas rurais onde o Sr. Luiz Arildo, gerente do BNB, fez explanações sobre o assunto para todos os presentes juntamente com todas as instituições parceiras.
           Observou-se que há uma necessidade do envolvimento das empresas de assistência técnica rural para promover os encaminhamentos necessários para que sejam realizadas com sucesso essas renegociações o que é muito bem vindo aos agricultores que por algum motivo não pode liquidar suas dívidas junto aos bancos.   E pela qual estarão tendo a oportunidade de regularizarem seus débitos de créditos adquiridos principalmente através do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF e a lei de nº. 12.249 especificamente os Art.  de 65 a 70 que ampara os agricultores que mantém suas dívidas adquiridas através da aquisição de financiamentos levam em consideração a informação a seguir:
Os Pronafianos do grupo” B” que contraiu os financiamentos até 2001 terão suas dívidas consideradas liquidadas (perdoadas), enquanto os financiamentos contratados até 2004 poderão ser beneficiados com a lei com um bônus (rebate)  de 60% que não inclui juros e nem multas.
             Na ocasião o Sr. Francisco José da Silva, representante da FETARN colocou a disposição a equipe técnica da COASERRA que já presta serviços na região da Serra de Santana para os devidos esclarecimentos ao público rural dos municípios circunvizinhos.  Desejamos que os agricultores com débitos rurais possam aproveitar a oportunidade de quitar seus financiamentos. Demais esclarecimentos serão feitos conforme inicio dos trabalhos de orientação e encaminhamentos em contato direto com o público interessado.

                                                                                                           

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Alta nos preços agrícolas beneficia Brasil e preocupa União Europeia



O aumento nos preços agrícolas deixa Brasil e Europa em lados opostos e já provoca uma polêmica dentro do G-20 (grupo das 20 maiores economias do mundo). Segundo dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), o Brasil voltou a bater recordes sucessivos nas exportações, com a maior expansão nos embarques entre as 70 maiores economias do mundo nos últimos três meses de 2010. As exportações brasileiras cresceram 31% em outubro, 40% em novembro e 45% em dezembro. Na China, as vendas externas tiveram alta de 23% em outubro, 35% em novembro e 18% em dezembro.

Os números brasileiros são mais de duas vezes superiores à média mundial. Em outubro, a alta das exportações no mundo havia atingindo apenas 15%, ante 18% em novembro. Grande parte da explicação para a expansão brasileira está nos preços internacionais das commodities agrícolas. Entre novembro de 2009 e dezembro de 2010, a alta superou a marca de 35%, superior ao crescimento do preço de energia.

Para a França, que neste ano preside o G-20, está na hora de tratar de uma estabilização dos preços agrícolas a todo custo. A União Europeia vive uma crise profunda e alguns países nem saíram da recessão. Mas, mesmo assim, a renda obtida pelo Brasil com as exportações agrícolas para o mercado europeu surpreendeu até os diplomatas brasileiros em Bruxelas.

No caso do açúcar, as vendas nacionais ao mercado europeu triplicaram em valor entre 2009 e 2010, atingindo US$ 514 milhões. As exportações de milho para a Europa cresceram seis vezes, passando de US$ 50 milhões em 2009 para US$ 319 milhões em 2010. As vendas de soja para a Europa também deram um salto, passando de US$ 1,4 bilhão em 2009 para US$ 2,3 bilhões no ano passado. O mesmo ocorreu com o café, com uma alta de 40%, atingindo US$ 2,8 bilhões.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Leilões garantem abastecimento, renda ao produtor e estabilidade de preços

Ministério da Agricultura vai vender 295 mil toneladas de milho para suprir demanda interna. Operações também permitirão escoamento de 450 mil toneladas de arroz, trigo e sisal.
390 mil toneladas de trigo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão leiloados para atender as regiões Norte e Nordeste. Medida vai permitir que o produtor receba o preço mínimo
390 mil toneladas de trigo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão leiloados para atender as regiões Norte e Nordeste. Medida vai permitir que o produtor receba o preço mínimo
390 mil toneladas de trigo do Rio Grande do Sul e Santa Catarina serão leiloados para atender as regiões Norte e Nordeste. Medida vai permitir que o produtor receba o preço mínimo.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento realizará, nesta semana, cinco leilões para garantir estabilidade nos preços no mercado interno e sustentar a renda do produtor rural. As operações executadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vão envolver 845,2 mil toneladas de milho, trigo, arroz e sisal.
Para manter o mercado abastecido, a Conab fará leilão de venda direta de 295 mil toneladas de milho na quarta-feira, 19 de janeiro. O cereal pertence aos estoques públicos e está armazenado nos estados do Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.
A empresa realizará ainda leilão de Valor de Escoamento de Produto (VEP) para 100 mil toneladas de milho dos estoques públicos na quinta-feira, 20 de janeiro. O produto é destinado a criadores de aves, suínos e bovinos de leite, indústrias de ração estabelecidos nas regiões Norte e Nordeste e nos estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo e Norte de Minas Gerais.

O estoque governamental no início do ano era de cinco milhões de toneladas do grão. O produto foi adquirido pelo governo, por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), quando os preços praticados nas principais praças do país estavam abaixo do mínimo. O retorno do milho ao mercado tem a finalidade a regular os preços e evitar tendência de alta.

Arroz

Na próxima quarta-feira, 20 de janeiro, está programado também leilão de Prêmio de Escoamento do Produto (PEP) de 57,5 mil toneladas de arroz em casca, safra 2009/2010, produzidos no Rio Grande do Sul (50 mil toneladas) e Santa Catarina 7,5 mil toneladas).

Podem participar indústrias de beneficiamento e comerciantes que comprovarem a compra diretamente do produtor pelo preço mínimo, e escoarem o grão beneficiado para os estados do Acre, Amapá, Amazonas e Roraima. Atualmente, o preço mínimo do arroz é de R$ 25,80/saca de 50 kg.

Trigo

Outras 390 mil toneladas de trigo serão leiloadas na próxima quinta-feira, 20 de janeiro, por meio de PEP. O objetivo da operação é garantir o preço mínimo de R$ 477 a tonelada, para o trigo Classe Pão tipo 1, armazenado no Paraná (190 mil toneladas), Rio Grande do Sul (150 mil toneladas), Santa Catarina (30 mil toneladas), São Paulo (10 mil toneladas) e Mato Grosso do Sul (10 mil toneladas).

O produto é direcionado ao consumo das regiões Norte e Nordeste, que tradicionalmente importam trigo. Os valores dos prêmios de abertura dos leilões de arroz e trigo serão divulgados pela Conab nesta terça-feira (18/1).

Na sexta-feira, 21 de janeiro, a operação será de PEP para o sisal safra 2010/2011. Está prevista oferta de 2,750 mil toneladas provenientes da Bahia (2,5 mil toneladas) e Paraíba (250 toneladas). O valor de abertura para o prêmio do escoamento está estipulado em R$ 0,38/kg e o arrematante deverá adquirir a fibra pelo preço mínimo de R$ 1,04/kg.


Confira os avisos de leilões de PEP para trigo, arroz e sisal e VEP de milho e os avisos de leilões de venda direta de milho.

Para entender

O Prêmio para Escoamento de Produto (PEP) é concedido pelo governo à agroindústria ou cooperativa que adquire o produto pelo preço mínimo diretamente do produtor rural e faz o transporte para região com necessidade de abastecimento. Esse instrumento desonera o governo da obrigatoriedade de comprar e estocar o produto.

O Valor de Escoamento de Produto (VEP) é um Instrumento de comercialização concedido àqueles que se dispõem a adquirir o produto do governo federal e promover o seu escoamento para uma região de consumo previamente estabelecida, mediante o recebimento de uma subvenção econômica.

O leilão de venda do estoque público é realizado para regular o abastecimento e estabilizar os preços dos produtos agrícolas no mercado nacional.


Palavras chave: governo leilão trigo milho arroz grãos sisal Conab Prêmio de Escoamento do Produto PEP Valor de Escoamento de Produto VEP venda estoque público
Fonte: Mapa

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Agropecuária compensa déficit externo da indústria e serviços

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse, nesta quarta-feira, 12 de janeiro, que o desempenho da agricultura e da pecuária brasileira, nos últimos dez anos, tem sido pujante, com avanços sucessivos. Em 2010, os preços dos produtos exportados cresceram 14,6% e a quantidade, 3% em relação a 2009. “Somos capazes de sair da fazenda com produtos de alta qualidade, a um custo razoável, e de enfrentar dificuldades em relação ao câmbio, logística e às barreiras artificiais que são colocadas no mercado internacional”. A afirmação foi feita durante coletiva no Ministério da Agricultura sobre os resultados da balança comercial, que alcançou recorde de US$ 76,4 bilhões em 2010.

Segundo o ministro, o superávit do agronegócio registrado no último ano, de US$ 63 bilhões, permitiu cobrir o déficit comercial dos demais setores da economia brasileira - indústria e serviços -, que alcançou US$ 42,7 bilhões.

“Esse desenvolvimento está baseado num tripé que envolve o produtor rural, que é o protagonista do processo, o governo, que apoia a produção e a ciência e tecnologia, que estão incorporadas ao processo produtivo”, afirma. Nessa ação, o ministro destacou o papel desempenhado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), universidades federais e estaduais e institutos de pesquisa. Além disso, o ministro citou o papel da pesquisa empresarial, que trouxe incremento ao processo produtivo, por meio da ciência transformada em tecnologias produtivas.

Preços

Em 2008, antes da crise financeira mundial, houve aumento significativo dos preços agrícolas, que foram acompanhados pela subida dos insumos (fertilizantes). Em 2010, os preços subiram, mas não dos insumos, o que permitiu resultados mais favoráveis ao produtor.

De acordo com Rossi, os produtos que superaram os preços dos níveis de 2009 foram óleo de soja, carne de frango, bovina, suína, açúcar, café, milho e algodão. “Portanto, praticamente toda a nossa pauta de exportação mais significativa”, informou o ministro.


Produtos agrícolas:

Como destaque, o ministro citou o café, que apresentou a maior exportação de todos os tempos, sendo responsável por 8% do total das vendas externas. “Já os produtos florestais representaram 12% das exportações, com ênfase para a celulose. Isso significa que o Brasil está ampliando o número de produtos em que é protagonista”, completa.

O complexo soja continuou em primeiro lugar, sendo responsável por 22% das exportações (US$ 17 bilhões). O complexo sucroalcooleiro alcançou a segunda posição, com 18%, ultrapassando as carnes, com 17,8%. “O milho teve destaque na pauta de exportações, ao alcançar 10 milhões de toneladas, que representaram US$ 2,1 bilhões”, finalizou.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Ministério incentiva plantio direto na palha



A técnica de plantio direto na palha empregada no bioma Cerrado é uma das principais responsáveis pelo aumento da produção de grãos em diversos estados brasileiros. De acordo com o diretor honorário da Federação Brasileira de Plantio Direto na Palha (FEBRAPDP), Manoel Henrique Pereira, o período de estiagem deixa o solo pobre, mas o sistema permite a produção o ano inteiro e de forma sustentável, mesmo sob condições de seca.

O plantio direto melhora a produtividade das culturas porque tem como base a incorporação de matéria orgânica ao solo, que retira gás carbônico da atmosfera para nutrir as plantas e preserva a umidade. “No Cerrado, é quase inviável manter a lavoura sem esse sistema quando não chove”, explica Manoel Pereira.

Além disso, a semeadura é feita na palha da cultura anterior, sem a necessidade de queima da área e de revolvimento do solo, reduzindo a liberação do dióxido de carbono (CO2) e as erosões. O plantio direto também é uma prática conservacionista, preservando a qualidade dos recursos naturais como a água. A técnica recebe o incentivo do Ministério da Agricultura por meio do programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), lançado na safra 2010/2011 para diminuir a emissão de gases de efeito estufa.

De acordo com o chefe da Divisão de Agricultura Conservacionista do ministério, Maurício Carvalho, o governo federal está estabelecendo instrumentos para a adoção de sistemas sustentáveis de agricultura, como o plantio direto na palha, integração lavoura-pecuária e a rotação de culturas. “Temos uma proposta clara colocada para a sociedade e que agora precisa de divulgação e de capacitação de técnicos, o que vai melhorar a produtividade e a sustentabilidade do sistema agrícola como um todo”, destaca.


A estimativa é de que, em dez anos, a área atual com uso da técnica de plantio direto seja ampliada em oito milhões de hectares, passando de 25 milhões para 33 milhões de hectares. Esse acréscimo vai permitir a redução da emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 equivalentes. O programa ABC destina R$ 2 bilhões para as práticas agronômicas que permitem compatibilizar aumento da produção e proteção ao meio ambiente.
Fonte: Mapa

Informações Técnicas sobre o Plantio Direto

Plantio Direto
Caminho para a Agricultura Sustentável

Sistema Plantio Direto
O Sistema Plantio Direto (SPD) é um sistema de manejo do solo onde a palha e os restos vegetais são deixados na superfície do solo.
O solo é revolvido apenas no sulco onde são depositadas sementes e fertilizantes. As plantas infestantes são controladas por herbicidas. Não existe preparo do solo além da mobilização no sulco de plantio.
Considera-se que para o sucesso do sistema são fundamentais a rotação de culturas e o manejo integrado de pragas, doenças e plantas invasoras.

Amendoim no sistema plantio direto sobre pastagem
Reduzir a erosão, melhorar as condições físicas e de fertilidade do solo, aumentar o teor de matéria orgânica, nutrientes e água armazenada no solo e diminuir o consumo de combustíveis com a manutenção da produtividade das culturas indicam o SPD como o sistema para alcançar a sustentabilidade da agricultura, com redução dos impactos ambientais.
Desde 2001, o SPD brasileiro é indicado pela FAO (Fundo das Nações Unidas para a Agricultura) como modelo de agricultura.
Vantagens Agronômicas
- Controle da erosão.
- Aumento da água armazenada no solo.
- Redução da oscilação térmica.
- Aumento da atividade biológica.
- Aumento dos teores da matéria orgânica.
- Melhoria da estrutura do solo.

Controle da erosão
O SPD é um sistema de manejo muito eficiente no controle da erosão. A palha sobre a superfície protege o solo contra o impacto das gotas de chuva, reduzindo a desagregação e o selamento da superfície, garantindo maior infiltração de água e menor arraste de terra. As perdas de nutrientes, proporcionais às perdas de terra e água, são também menores no SPD. Considerando a área ocupada por culturas anuais no Estado de São Paulo, cerca de 2.800.000 ha, calcula-se que, sob sistemas convencionais de cultivo, seriam perdidas, anualmente, 33 milhões de toneladas de terra e 4 3 bilhões de m de água na forma de enxurrada. Em SPD essas perdas anuais seriam reduzidas significativamente.
Sistema Convencional com processo de erosão
O SPD reduz até em 90% as perdas de terra e até em 70% a enxurrada.
Temperatura e umidade do solo
O SPD se beneficia com a cobertura do solo pela palha e com a pouca mobilização da superfície. Com o aumento da cobertura de 30% para 80%, a temperatura da superfície é reduzida até em 4 ºC e a oscilação da temperatura do solo durante o dia também diminui, com benefícios para o desenvolvimento das plantas. Com uma cobertura morta de cerca de 70%, a evaporação do solo reduz-se para cerca de 1/4. Assim, a retenção de água é maior, podendo representar uma economia até de 30% de água em algumas áreas de produção irrigada ou a manutenção da produtividade em áreas de sequeiro quando ocorrem veranicos.
Manutenção da fertilidade
No SPD há aumento dos teores da matéria orgânica no solo.
Esse aumento resulta em melhoria de estrutura, aumento da atividade biológica e da disponibilidade de nutrientes, como fósforo e cálcio.
Todos esses fatores contribuem para o aumento no rendimento das culturas e possibilitam a redução da aplicação de fertilizantes, especialmente os fosfatados.
Vantagens econômicas e operacionais
- Economia de combustível.
- Aumento da vida útil das máquinas.
- Necessidade de menor volume de chuvas para o trabalho da terra.
- Maior controle sobre a época de semeadura.
- Possibilidade de economia de fertilizantes.

O custo de produção no SPD é cerca de 6% a 14% mais baixo que nos sistemas convencionais. A economia de combustível é um dos fatores que mais contribuem para a redução dos custos, pois o consumo de diesel chega a ser 70% menor.
Sem aração e gradagens, a potência requerida para tratores é 30 % a 60 % menor, com aumento da vida útil de máquinas e implementos.
Com o SPD o planejamento das épocas de plantio pode ser executado com maior precisão atendendo às necessidades das culturas da safra e safrinha
Vantagens ambientais
- Diminuição no consumo de petróleo (combustíveis fósseis).
- Seqüestro de carbono pelo aumento do estoque de carbono no solo e da matéria orgânica em decomposição na superfície.
- Redução das perda de solo por erosão, do assoreamento e da poluição difusa que atinge reservatórios e cursos de água.
O que é preciso para entrar no sistema plantio direto
- Qualificação e treinamento.
- Correção inicial da área.
- Equipamentos adequados.
- Manejo correto de infestantes.
- Definição de culturas adequadas para rotação e cobertura do solo.

A adoção do SPD possibilita uma agricultura mais sustentável, com menor impacto sobre o ambiente e altos rendimentos de produção.

Dezoito culturas da agricultura familiar têm bônus do PGPAF em janeiro




Agricultores familiares que cultivam açaí, arroz longo fino em casca, babaçu, borracha (extrativista) – bioma amazônia, borracha natural (heveicultura), café arábica, café conillon, cana-de-açúcar, cebola, feijão, leite, mamona, pequi (fruto), piaçava (fibra), sisal, sorgo, trigo e triticale, contam em janeiro com o bônus do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF) para os financiamentos dessas 18 culturas.

Os preços de mercado e o bônus de desconto referem-se ao mês de dezembro de 2010 e têm validade para o período de 10 de janeiro a 9 de fevereiro de 2011.

O produto com o maior bônus este mês é a borracha (extrativista) – bioma amazônia (65,71%), no estado do Maranhão. Alguns produtos da sociobiodiversidade também contam com bônus, em janeiro de 2011, como o açaí (13,04% em Rondônia), o babaçu (40,41% no Maranhão), o pequi (28,57% em Minas Gerais) e a piaçava (33,53% na Bahia).

O PGPAF possibilita que o agricultor familiar pague os financiamentos de custeio e investimento com um bônus (desconto), que corresponde à diferença entre os preços garantidores e o preço de mercado, nos casos em que o valor do produto financiado esteja abaixo do preço de garantia.

Comer cenouras pode tornar as pessoas mais atraentes


Pesquisadores do Reino Unido que estudam a ligação entre a cor da pele e a atratividade descobriram que o consumo de cenouras pode aumentar o poder de atração de uma pessoa.

Observando a relação entre a tonalidade da pele e a atração, estudiosos das universidades de St. Andrew e de Bristol descobriram que pessoas de tom de pele alaranjado são julgadas mais saudáveis e atraentes. O pigmento amarelo conhecido como carotenóide, encontrado em algumas frutas e vegetais como a cenoura, é responsável por produzir a cor “bronzeada” da pele.

Os cientistas esperam que a descoberta possa ser usada, estrategicamente, na batalha para convencer os jovens a comerem mais frutas e verduras. De acordo com os pesquisadores, o grupo está mais propenso a ser influenciado por um benefício estético do que por uma dieta pobre, que possa prejudicar sua saúde.

Vou comer mais cenoura e você?? Rs

Fonte: Revista Globo Rural

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Bancos Centrais do G10 alertam para alta nos preços dos alimentos

O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Jean-Claude Trichet, porta-voz dos líderes dos bancos centrais do Grupo dos Dez (G10, os países mais industrializados do mundo), alertou nesta segunda-feira (10/01) para a forte alta dos preços de alguns alimentos e a ameaça inflacionária para economias emergentes.

Após a reunião bimestral na sede do Banco para Pagamentos Internacionais (BIS) em Basileia, Suíça, Trichet descartou a existência de pressões inflacionárias nas economias avançadas. O G10 confirma a recuperação econômica em nível global e qualifica de "impressionante" o caso das economias emergentes. "A recuperação econômica global foi melhor do que indicavam as projeções iniciais”, disse Trichet.

O presidente do BCE destacou também "as ameaças inflacionárias" nas economias emergentes como uma das principais diferenças entre as economias avançadas que não apresentam este problema.
O G10 observou que por trás da atual alta dos preços de alguns alimentos existe um fenômeno de natureza estrutural, que corresponde a mudanças nos modelos de consumo das famílias do mundo emergente e que é um elemento da possível ameaça inflacionária.
 Inflação
Neste sentido, é possível que algumas economias emergentes aumentem suas taxas de juros para frear a inflação, o que elevará ainda mais a distinção com relação às economias avançadas e atrairá capital.

Trichet lembrou que em algumas economias emergentes acontecem atualmente consideráveis aumentos na entrada de capital de curto prazo como consequência do vigoroso crescimento.

Nos Estados Unidos os juros se situam atualmente entre 0 e 0,25%, no Japão em 0,1%, na zona do euro estão em 1% e no Reino Unido em 0,5%, enquanto na Austrália estão em 4,75%, na Índia 6,25%, na China 5,56%, na Coreia do Sul 2,25% e no Brasil 10,75%.

Os bancos centrais do G10 coincidem na importância de que todas as economias em nível global tenham "solidez fiscal" para consolidar a recuperação econômica. O grupo é integrado, na realidade, por onze países e concentra 85% da economia mundial. São eles: são Alemanha, Bélgica, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, Holanda, Reino Unido, Suécia e Suíça.

Pesquisadores querem criar melancia mais resistente a doenças e pragas



Os produtores de melancia costumam enfrentar problemas no campo, em especial os fitossanitários, pois a produção exige aplicações de agroquímicos para controle de pragas e doenças, e aumenta os custos de produção de uma importante cultura para a agricultura familiar.

Na tentativa de diminuir as dificuldades do agricultor, pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em parceria com universidades federais e estaduais e bolsistas de graduação e pós-graduação da FACEPE, CNPq e CAPES, constituíram uma rede de pesquisa para buscar nas variedades genéticas do fruto, soluções que não recorram a insumos químicos.

Os especialistas estão realizando trabalhos de melhoramento vegetal como os que resultaram na geração da cultivar BRS Opara, a única no Brasil que apresenta resistência à doença fúngica conhecida com oídio.
 Negócio
A estratégia dos pesquisadores é suprir o mercado com variedades e híbridos de melancia adaptadas às diferentes condições ambientais do país, e com características que atendam às variadas demandas dos consumidores, no país e no exterior. Segundo informações da Embrapa, agricultores e consumidores têm exigido cultivares com elevado rendimento e resistência às doenças e pragas (oídio, viroses, cancro das hastes, alternaria), com peso médio de frutos que atendam aos mercados interno (8,0 kg a 10,0 kg) e externo (entre 2,0 kg e 4,0 kg).

De acordo com a engenheira agrônoma, Rita de Cássia Souza Dias, da Embrapa Semiárido, a Rede de Pesquisa em Melhoramento de Melancia tem em vista identificar plantas que apresentam resistência aos organismos que causam as principais pragas e doenças que afetam a cultura. “Isso vai contribuir para viabilizar sistemas agrícolas sustentáveis, com tecnologias de baixo impacto ambiental e econômico, e vai abrir novos mercados. Atualmente, o fruto movimenta em torno de R$ 380 milhões/ano no país.

Ao todo, são 900 exemplares de sementes de melancias coletadas em várias partes do Brasil e algumas que foram introduzidas de outros países. Há, ainda, aproximadamente 2 mil linhas resultantes de cruzamentos entre plantas produzidas a partir dessas sementes.


Fonte: Globo Rural

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Biodiesel com óleo de mamona já é realidade




A Petrobras Biocombustível já possui o domínio completo do processo tecnológico de produção de biodiesel a partir da mamona. O combustível foi obtido com uma mistura de 30% de óleo de mamona e 70% de óleo de girassol, ambos produzidos pela agricultura familiar nos programas de suprimento de oleaginosas da empresa.
O trabalho foi desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da Petrobras (Cenpes) na Usina de Guamaré, no Rio Grande do Norte, em regime de operação contínua, e está dentro das especificações técnicas da ANP - Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.
A utilização da mamona como matéria-prima para a produção de biodiesel também já é uma realidade na usina de Candeias, na Bahia. No dia 30 de novembro, a unidade fez a primeira entrega de biodiesel com óleo de mamona em sua composição. O carregamento faz parte de um lote de 925 toneladas que estão sendo entregues às distribuidoras.

Além da expectativa

As plantas comerciais da Petrobras Biocombustível tiveram a capacidade de produção anual aumentada em 90%. As unidades passaram dos atuais 57 milhões para 108 milhões de litros. Com este acréscimo, a capacidade instalada da empresa atinge 324 milhões de litros de biodiesel por ano.
A Petrobras Biocombustível também adquiriu 50% da BSBIOS Marialva com investimento de R$ 55 milhões. Localizada em Marialva, no Paraná, a usina terá capacidade para produzir 120 milhões de litros de biodiesel por ano e entrou em operação no segundo trimestre de 2010.

Incentivo à Agricultura Familiar

As três unidades industriais possuem o “Selo Combustível Social”, um amplo programa de suprimento agrícola no semiárido brasileiro. Isto significa que 30% do suprimento de oleaginosas são oriundos da agricultura familiar, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel, do Governo Federal, para as regiões onde estão localizadas.
Entre as condições impostas para a obtenção e manutenção do selo está não somente a aquisição de grãos de pequenos agricultores, mas também a prestação de assistência técnica agrícola. A empresa tem hoje entre seus fornecedores mais de 55 mil agricultores familiares, no Nordeste e em Minas Gerais. A meta é atingir 80 mil contratos.
Petrobras Biocombustível em números
Investimentos no negócio de biocombustíveis:US$ 2,8 bilhões de 2009 a 2013.
Produção de biodiesel e etanol:US$ 2,4 bilhões.
Infraestrutura:US$ 400 milhões.
Metas de crescimento:Chegar a 2013 com produção equivalente a 25% do biodiesel e 10% do etanol consumidos no Brasil.
Pesquisas em biocombustíveis:US$ 530 milhões nos próximos cinco anos.

No municipio de Cerro Corá/RN, iniciou-se a fase de cadastramento e recadastramento dos agricultores familiares que desejarem plantar a mamona para a safra 2010/2011 em parceria de diversas instituições que são elas: Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Petrobrás Biocombustíveis, Secretaria de Agricultura, EMATER, COOPAGRO, Conselho Municipal do FUMAC.  O agricultor (a) que formalizar contrato com a Petrobrás Biocombustivel gozará dos seguintes beneficios:

  • Corte de Terra em até 2 há;
  • Recebimento de sementes para plantio;
  • Assistencia Técnica e capacitação enquanto durar o contrato;
  • Preço minimo assegurado;
  • fornecimento de sacarias; e
  • Estruturação agrícola da propriedade.
  • Além de poder ser consorciado o plantio a outras culturas como é o caso do feijão, cajueiro.
Para se Cadastrar o agricultor (a) deve portar sua Declaração de Aptidão ao PRONAF - DAP e documentos pessoas (RG e CPF) do beneficiário e conjugue. No municipio acima citado poderão procurar a técnica em Agropecuária, Sueni Medeiros,  para recadastramento e novos cadastros para obter credenciamento junto ao Programa Nacional de Produção e Uso do Biodisel, como também poderão procurar o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, EMATER, para obtenção de maiores esclarecimentos.

Eslováquia proíbe carne de aves e ovos da Alemanha




Eslováquia proibiu nesta sexta-feira (07/01), cautelarmente, a importação de carne de aves e ovos procedentes da Alemanha, devido ao perigo de contaminação por dioxinas.

O Ministério da Agricultura e Desenvolvimento também decretou a inspeção de lojas e armazéns em todo o país, tarefa que a Administração Nacional Veterinária e Alimentar vai realizar, segundo informou em comunicado.

"Até que os resultados dos testes de laboratório realizados por institutos de diagnóstico eslovacos sejam conhecidos, a venda de ovos e carne branca procedente da Alemanha está suspensa", indica um comunicado.

Os inspetores também controlarão outros produtos, procedentes do mesmo país, e informarão o resultado de suas pesquisas na próxima semana.

Governo nomeará até fevereiro grupo para criar política nacional de resíduos sólidos



O governo federal tem até junho para elaborar proposta do Plano Nacional de Resíduos Sólidos que inclua metas de redução, reutilização, reciclagem de resíduos, aproveitamento energético e extinção de depósitos de lixo a céu aberto. O plano será elaborado por grupo de técnicos e dirigentes de 12 ministérios, sob a coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA).

Segundo o MMA, a nomeação do grupo interministerial sairá até fevereiro, mesma época da instalação do comitê orientador para a implantação dos sistemas de logística reversa formado pelos ministros do Meio Ambiente, da Saúde, Fazenda, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e da Agricultura.

O funcionamento do grupo e do comitê são fundamentais para induzir a implantação da Política Nacional de Resíduos Sólidos, estabelecida em lei no ano passado. De acordo com a Lei 12.305/2010, além do nível federal, estados e municípios deverão elaborar seus planos para reaproveitamento, tratamento e eliminação de lixo orgânico e inorgânico. O prazo é até agosto de 2012.

As unidades da Federação que não tiverem essas políticas definidas até a data não poderão utilizar recursos da segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2) para o tratamento de resíduos. O programa terá cerca de R$ 1,5 bilhão, alocados pelos ministérios do Meio Ambiente e das Cidades.
 Determinações da lei de resíduos sólidos


Além da exigência de políticas locais, a lei determina que até agosto de 2014 nenhum resíduo sólido seja mandado para aterros sanitários, apenas o material orgânico para compostagem (utilizável como adubo) ou para geração de energia (gás). Até essa data, não poderão funcionar mais os depósitos de lixo a céu aberto.

Segundo Sérgio Gonçalves, diretor de Ambiente Urbano do MMA, o fim dos lixões depende da implantação completa da coleta seletiva em todos os 5.565 municípios brasileiros. Hoje, somente 900 municípios (menos de um quinto) têm alguma experiência de coleta seletiva. De acordo com André Vilhena, diretor-executivo do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), menos de 10% dos municípios brasileiros estão “preparado para dar uma resposta imediata à lei”.

Para criar aterros sanitários, as cidades poderão fazer consórcios. Conforme Sérgio Gonçalves, a medida racionaliza o esforço dos municípios. No estado de Minas Gerais, por exemplo, que tem 890 municípios, será preciso que essas cidades se reúnam e criem cerca de 100 aterros para atender à lei.
Para André Vilhena, um dos aspectos mais importantes da legislação de resíduos sólidos é fazer os municípios mobilizarem os catadores de rua e, assim, cuidar do ambiente e gerar renda aos trabalhadores. “A participação dos catadores é que vai resolver a equação da logística reversa”, avaliou.

Segundo Vilhena, há cerca de um milhão de catadores no Brasil, sendo que de 25 mil a 30 mil trabalham em condições degradantes. Os indicadores mundiais estimam que 60% do lixo produzido nas cidades são de material orgânico e 40% de inorgânico.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Após chuva de pássaros mortos, mais de 100 mil peixes sem vida são encontrados em Arkansas, nos EUA



Especialistas investigam a morte repentina dos animais





Mistérios têm marcado o início de 2011 em Arkansas, nos Estados Unidos. Apenas um dia após assistir a uma chuva de pássaros mortos, a região ganhou novamente as manchetes. Desta vez, cerca de 100 mil peixes foram encontrados sem vida no rio Arkansas.

De acordo com informações do jornal Daily Mail, especialistas ainda investigam a morte repentina dos milhares de animais.  

Pesquisadores desenvolvem açúcar tóxico para combater mosquito da malária



Pesquisadores israelenses desenvolveram um açúcar tóxico para eliminar o mosquito transmissor da malária. O método é barato, tecnologicamente simples, ecologicamente correto e já está sendo utilizado no Mali, na África Ocidental. O método foi desenvolvido pelo Centro de Estudos de Doenças Tropicais e Infecciosas da Universidade Hebraica de Jerusalém, com ajuda da Fundação Bill e Melinda Gates. Segundo o professor Yosef Schlein, o cheiro doce do néctar é irresistível para insetos sugadores de sangue. A partir dessa constatação, os pesquisadores desenvolveram uma isca tóxica, a ATSB, feita à base de um suco de frutas levemente fermentado misturado com açúcar mascavo e toxinas.

Código Florestal, da aberração à inovação

Todo mundo reconhece que o Brasil tem as melhores credenciais do planeta para a proteção do meio ambiente e o desenvolvimento da agropecuária. Basta dizer que nas duas últimas décadas nossas áreas protegidas mais do que duplicaram, chegando hoje a 175 milhões de hectares. Nesse mesmo período, a produtividade total na agricultura brasileira cresceu 5% ao ano, ante menos de 2% ao ano na maioria dos grandes produtores agrícolas, incluindo os EUA.
Só que, infelizmente, em vez de buscar a plena conciliação entre o desenvolvimento agrícola e a proteção ambiental, estamos contrapondo esses dois gigantes de forma absurda. O maior exemplo é a interpretação que vem sendo dada ao Código Florestal Brasileiro, fruto de dezenas de alterações desde a publicação da lei em 1965, até por medida provisória que foi reeditada nada menos que 67 vezes! Essa interpretação vem gerando inacreditável insegurança no campo sem conseguir induzir a preservação ambiental.
Exemplos dos problemas que se somam neste momento são:
1) Risco de perda de enormes áreas de terras férteis, com grande aptidão agrícola, cultivadas há mais de um século nas Regiões Sul, Sudeste e Nordeste, o que pode levar ao aumento dos custos de produção e dos preços da terra;
2) impedimentos ao licenciamento e à regularização ambiental e limitação ao acesso a linhas de crédito com bancos;
3) gigantesco passivo judicial e a criminalização em massa de produtores rurais;
4) imensa confusão jurídica, falta de clareza nas regras de aplicação e cumprimento do código e continuidade do desmatamento descontrolado.
Desde 2005 diversas tentativas para solucionar as imperfeições mais nefastas do Código Florestal foram conduzidas por ministros da Agricultura e do Meio Ambiente, parlamentares e representantes da sociedade civil.
Por inúmeras vezes quase se chegou a um acordo mínimo aceitável, fracassado pela falta de coordenação das partes envolvidas e pelo foguetório de factoides midiáticos que apenas causaram mais fumaça, radicalizando o debate.
Olhando para o que está sobre a mesa e para o conceito de sustentabilidade no século 21 - traduzido na difícil combinação entre eficiência econômica, responsabilidade ambiental e equidade social -, um Código Florestal moderno para o Brasil seria aquele que incorporasse as seguintes premissas:
Compensação das reservas legais no bioma - Reservas florestais legais referem-se à obrigação de recompor a vegetação nativa em 20% da área de cada propriedade agrícola na maioria do território nacional, 35% nos cerrados da Amazônia Legal e 80% na floresta amazônica, uma exigência que não encontra paralelo em nenhum país.
Sem entrar nesse mérito, que torna o Brasil a nação mais preservacionista do planeta, a questão que se coloca é se não faz mais sentido formar grandes aglomerações florestais no bioma, em vez de se buscar a tarefa irracional de recompor "ilhotas desconectadas" de vegetação em cada propriedade. Essa alternativa criaria incentivos econômicos que trariam ganhos efetivos ao meio ambiente, gerando renda para a floresta "em pé", desenvolvendo um mercado eficiente de compensações ambientais e reduzindo o custo para os produtores rurais. É o caso da Cota de Reserva Ambiental e dos mecanismos de servidão florestal, ambos negociáveis no mercado, que poderiam gerar uma verdadeira revolução ambiental no País, especialmente após a indicação das áreas prioritárias de conservação pelo poder público.
Restauração das áreas de preservação permanente (APPs) nas propriedades - Trata-se do princípio da restauração plena das matas ciliares e outras APPs, definidas pela geografia de cada propriedade (nascentes, cursos d"água, áreas com alto declive, etc.). Essa restauração seria incentivada pela possibilidade do cômputo das APPs na área da reserva legal e pela remuneração dos serviços ambientais, desde que elas fossem devidamente recuperadas e que isso não permitisse novos desmatamentos. Claro que essa solução também deveria respeitar casos clássicos de ocupação sustentável, como o café e a maçã no topo e encostas de morros, o arroz irrigado de várzea, o boi pantaneiro e outros.
Respeito à lei vigente no tempo - Parece desnecessário, mas sempre é preciso reafirmar o princípio constitucional de que a lei não pode retroagir no tempo, ou seja, não se pode obrigar alguém a recuperar algo que foi removido quando era permitido ou mesmo estimulado pela lei. Essa interpretação do Código Florestal pode ser comparada a uma norma absurda que obrigasse todos os prédios urbanos já construídos na cidade de São Paulo a terem, no máximo, cinco andares, cabendo unicamente aos proprietários atingidos adequar-se à lei, sem nenhuma indenização.
Essas premissas foram incorporadas pelo relatório do deputado Aldo Rebelo, que deveria estar sendo analisado pelo Congresso neste momento. Entendo que a existência de pontos polêmicos no relatório não desmerece o trabalho realizado e não justifica a recusa de uma negociação no curso de sua votação, momento legítimo para a participação dos representantes eleitos pela sociedade. O fato é que soluções simples podem ser encontradas para melhorar o Código Florestal, desde que as pessoas efetivamente leiam os documentos em pauta despidas de preconceitos e posições apriorísticas, buscando soluções concretas e adotando a racionalidade e o bom senso como norte.
Deixar de votar o relatório este ano significa um novo retorno à estaca zero com a nova legislatura, agravando a confusão e os conflitos no campo e nas florestas brasileiras em 2011, com insegurança jurídica, disputas judiciais e desmatamento descontrolado.
Poderíamos já ter entrado no século 21 nessa matéria e estar neste momento efetivamente concentrados em produção e exportação agrícola combinadas com conservação e restauração de florestas, seguindo a vocação óbvia ululante do Brasil.
*Marcos Jank é Presidente da União da Indústria da Cana de Açúcar - UNICA: http://www.unica.com.br/
Fonte: O Estado de S. Paulo de 01/12/2010