sábado, 4 de dezembro de 2010

Suinocultura cresce em 2010 embalada pelo mercado interno




Vendas da carne no país saltaram de 3,19 milhões para 3,24 milhões de toneladas no ano
A cadeia de suínos do Brasil avançou neste ano. O destaque foi a forte expansão do consumo interno, que cresceu quase 15%, além da elevação dos preços nos mercados interno e externo. No caso das exportações, a estimativa da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) é de o ano fechar com um faturamento de US$ 1,4 bilhão, contra US$ 1,27 bilhão de 2009. Houve queda no volume exportado, de 607 mil toneladas, no ano passado, para as atuais 562 mil toneladas, o que foi compensado pela evolução das cotações.

Assim, as indústrias exportadoras brasileiras do setor conseguiram lucro de US$ 130 milhões em 2010 sobre o ano anterior. “A indústria pena com o câmbio. A agropecuária não”, afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs. “Foi um ano bom principalmente pelo fato de os Estados Unidos liberarem a importação de carne suína e bovina in natura do estado de Santa Catarina, o que nos dá credibilidade para o avanço sobre outros países que são fortes consumidores”, disse.

A oferta de suínos para abate aumentou 1,8%, saltando de 33,8 milhões de cabeças de 2009 para 34,4 milhões de cabeças. A produção também cresceu: de 3,19 milhões de toneladas para 3,24 milhões de toneladas.

Segundo Camargo Neto, não há sinalização de mudanças significativas para 2011. “A oferta tende a continuar ajustada à demanda”, diz. O representante da Abipecs acredita, no entanto, que o mercado interno vai se expandir devido à melhora no poder aquisitivo do brasileiro. Ele adianta que a abertura do mercado dos Estados Unidos às exportações de Santa Catarina é um importante aval para as negociações que continuarão em 2011, sobretudo com os demais membros do Nafta (Canadá e México), com países centro-americanos e, principalmente, com os países asiáticos. Ponto negativo, sob o olhar de Camargo Neto, será a alta nos custos devido ao encarecimento dos preços internacionais dos grãos.

O presidente da Abipecs aprova os escolhidos pela presidente eleita Dilma Rousseff para comandar a economia no seu mandato que começa em janeiro próximo. “Acho que quase nada muda e isso é bom”, afirmou.

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