Nova edição de Atlas Nacional apresenta transformações do território brasileiro
Atlas destaca agropecuária como consequência da interiorização
A expansão das cadeias produtivas de carne, grãos e algodão em direção às regiões Centro-Oeste e Norte vem aprofundando o processo de interiorização do país na última década.
A constatação é da nova edição do Atlas Nacional do Brasil Milton Santos, lançado nesta terça-feira (14/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A publicação, composta por 548 mapas, 76 gráficos, oito tabelas, seis fotos e 14 imagens de satélite, atualiza informações geográficas sobre o território brasileiro na última década.
De acordo com a geógrafa Adma Hamam de Figueiredo, coordenadora do projeto do IBGE, o movimento reflete uma redefinição de funções do território. “O Brasil tem um território imenso, que está crescendo em termos de distribuição da população e de atividades no território, tanto com a interiorização quanto com novas atividades na região costeira, muito em função da geografia do petróleo, do turismo e da revalorização das exportações e da logística de portos e aeroportos. Isso reflete uma ‘refuncionalização’ do território, com novas especializações”, explica.
O documento destaca, ainda, como consequência da interiorização (caracterizada pela expansão da agropecuária com emprego de máquinas e insumos), um processo de urbanização em reforço à atividade em municípios como Sorriso e Lucas do Rio Verde, ambos em Mato Grosso.
A coordenadora do IBGE destaca, ainda, que os fluxos de migração interestaduais também servem de exemplo da força das grandes cidades e áreas próximas ao litoral na comparação com os fluxos destinados ao interior do país. A grande exceção, segundo ela, constitui a área no Entorno do Distrito Federal, que continua a apresentar enorme capacidade de atração migratória. A publicação também reforça que as desigualdades regionais de desenvolvimento não foram plenamente vencidas.
Fonte: Revista Globo Rural.
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